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Opinião

- Publicada em 30 de Novembro de 2017 às 15:41

Saneamento básico também promove a saúde

Quando se fala em saúde no Brasil, logo se pensa em redes hospitalares e postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Pouca ou nenhuma importância é dada ao saneamento básico. Pois aqui no Rio Grande do Sul, a Companha Riograndense de Saneamento (Corsan) está promovendo Parceria Público-Privada (PPP). Trata-se de alternativa do governo do Estado para a universalização do saneamento básico em nove municípios da Região Metropolitana. A PPP terá investimento de R$ 1,85 bilhão em 11 anos.
Quando se fala em saúde no Brasil, logo se pensa em redes hospitalares e postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Pouca ou nenhuma importância é dada ao saneamento básico. Pois aqui no Rio Grande do Sul, a Companha Riograndense de Saneamento (Corsan) está promovendo Parceria Público-Privada (PPP). Trata-se de alternativa do governo do Estado para a universalização do saneamento básico em nove municípios da Região Metropolitana. A PPP terá investimento de R$ 1,85 bilhão em 11 anos.
Mas, apesar dos avanços nas últimas décadas, milhões de brasileiros ainda vivem em situação precária dentro de suas próprias casas. O País tinha 20,6 milhões de domicílios sem rede de esgoto em 2016, quase 6 milhões de casas sem coleta de lixo e aproximadamente 2 milhões de residências sem água encanada, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 69,2 milhões de domicílios naquele ano, em 29,7% o esgotamento sanitário era por meio de fossa não ligada à rede. Em 45,6 milhões de residências, 65,9% do total, o escoamento do esgoto era feito através da rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede.
Em 2016, 5,7 milhões de casas ainda não tinham serviço de coleta de lixo, 8,2% do total. Nessas residências, os resíduos eram queimados na própria propriedade. O lixo era coletado diretamente por serviço de limpeza em 57,2 milhões de domicílios, 82,6% das residências, e em caçamba de serviço de limpeza em 5,4 milhões de domicílios, 7,7%.
A água canalizada chegava a 67,3 milhões de residências, 97,2% dos domicílios. Mas 1,916 milhão de lares permaneciam sem água encanada.
Entre os que eram contemplados pela água canalizada, 85,8% tinham como fonte de abastecimento a rede geral de distribuição. Deste contingente, a disponibilidade da rede geral era diária em 87,3%; em 5%, a frequência era de 4 a 6 vezes na semana; e de 1 a 3 vezes na semana em 5,8% dos domicílios.
Por fim e muito importante, ainda segundo o IBGE, em 61,2 milhões de domicílios brasileiros, 88,4% do total, as paredes externas eram de alvenaria ou de taipa com revestimento. Havia 4,4 milhões de lares com paredes externas de alvenaria ou taipa sem revestimento, 3,3 milhões com parede de madeira apropriada para construção e 380 mil domicílios com paredes de outro material. Os domicílios próprios já pagos representavam 68,2% do total, 47,2 milhões de residências. Outros 5,9% eram próprios, mas ainda estavam sendo pagos, o equivalente a 4,1 milhões; e os alugados respondiam por 17,5%, ou 12,1 milhões de domicílios. Ora, são números que provam a precariedade do saneamento básico; e ele, é por demais sabido e divulgado por médicos especialistas, faz parte fundamental da prevenção e manutenção da saúde antes da assistência em postos de saúde e hospitais. Com saneamento básico, muitas doenças seriam evitadas e não atingiriam tanto especialmente as crianças, as grandes vítimas onde não há tratamento de esgotos e água potável encanada.
Os dados do IBGE confirmam a necessidade de ações neste setor, justamente quando tanto se fala sobre a Corsan e o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). O que os gaúchos e porto-alegrenses almejam é um serviço que universalize o fornecimento de água e pulverize o esgotamento cloacal e pluvial em todas as moradias. Com ou sem PPP.
 
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