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Opinião

- Publicada em 17 de Novembro de 2017 às 16:40

FMI diz que é hora de consertar economia mundial

Superada a crise global, é hora de arrumar os países para aproveitar oportunidades, aumentar o potencial de crescimento, eliminar deficiências e criar amortecedores para os próximos trancos. Essa foi a mensagem central da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, ao apresentar sua agenda política, revista e atualizada a cada seis meses.
Superada a crise global, é hora de arrumar os países para aproveitar oportunidades, aumentar o potencial de crescimento, eliminar deficiências e criar amortecedores para os próximos trancos. Essa foi a mensagem central da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, ao apresentar sua agenda política, revista e atualizada a cada seis meses.
O recado, com detalhes especiais para países com diferentes graus de desenvolvimento, Brasil incluído, tem sido, de alguma forma, repetido por dirigentes do Fundo.
É que a recuperação continua, o PIB mundial deve crescer 3,6% neste ano e 3,7% no próximo, pouco além das previsões anteriores, mas a reação é considerada incompleta. Lagarde chamou a atenção para riscos de médio prazo, mencionando tensões financeiras, problemas geopolíticos crescentes e preocupações quanto à multiplicação de restrições comerciais.
A crise de 2008 começou no mercado financeiro, e o perigo de novos problemas tem sido apontado por especialistas do Fundo. Políticas monetárias frouxas, aplicadas no mundo rico para estimular a reativação dos negócios, têm propiciado o retorno de operações arriscadas. A busca de retorno para uma economia interna mais forte pode ter ido longe demais, segundo técnicos do FMI.
Além disso, empresas de países do Grupo dos 20 (G-20) estão recorrendo à excessiva alavancagem, medida pela relação entre a dívida e o capital próprio. Foi chamada a atenção para o aumento desse risco em grandes empresas brasileiras.
Ainda para o FMI, as normas em vigor em dezenas de países são hoje muito mais restritas do que antes da crise global, mas nessa área o trabalho permanece incompleto. A sugestão de aproveitar a calmaria para aumentar o potencial de crescimento vale para países de todos os grupos. Assim, serve para o Brasil, embora o cenário do País seja menos tranquilo, com uma pauta complexa de arrumação das contas públicas. Em quase todo o mundo, o potencial econômico tem diminuído. Em alguns casos, o enfraquecimento começou antes de 2008.
A pauta proposta pelo FMI pede investimentos em infraestrutura, modernização tecnológica e aumento da capacitação da mão de obra. Esta última recomendação serve para as economias mais avançadas, onde o aumento da desigualdade está vinculado, segundo pesquisas, ao descompasso entre a mudança da tecnologia e a adaptação dos trabalhadores às novas condições.
A agenda inclui medidas tanto para aumento da produtividade quanto para garantir a inclusão. Parte do desemprego é associada à inovação tecnológica, mas o fechamento de postos tem sido usado como argumento a favor do protecionismo.
Entre os países emergentes, as prioridades podem variar, de acordo com a posição e as carências de cada um, mas os governos deveriam, de modo geral, buscar maior eficiência do gasto público, melhorar o ambiente de negócios e cuidar das deficiências de infraestrutura. Isso serve para a situação brasileira. Esses pontos têm sido mencionados quando se trata do Brasil nos estudos internacionais de competitividade.
Por isso, o FMI está preparado para ajudar os países-membros a promover essas políticas. Esse tipo de assistência é, em geral, proporcionado a países bem menos desenvolvidos que o Brasil.
Mas os indicadores de investimento, o estado das contas públicas, as dificuldades para levar um carregamento ao porto e a escassa oferta de mão de obra qualificada mostram deficiências em todos aqueles pontos no País. Então vamos continuar a arrumação interna. 
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