Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 16 de Novembro de 2017 às 16:13

Detido em casa, Robert Mugabe se reúne com enviados da África do Sul

Presidente (segundo à direita) e Chiwenga (d) recepcionaram os visitantes

Presidente (segundo à direita) e Chiwenga (d) recepcionaram os visitantes


ZBC/AFP/JC
O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, e o comandante das Forças Armadas do país, Constantino Chiwenga, estiveram reunidos com representantes da África do Sul nesta quinta-feira. As fotos do encontro na residência oficial, onde Mugabe está detido, foram publicadas pelo jornal estatal Herald. Nas imagens, além do presidente e de Chiwenga, também aparecem os ministros da Defesa e da Segurança de Estado dos dois países.
O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, e o comandante das Forças Armadas do país, Constantino Chiwenga, estiveram reunidos com representantes da África do Sul nesta quinta-feira. As fotos do encontro na residência oficial, onde Mugabe está detido, foram publicadas pelo jornal estatal Herald. Nas imagens, além do presidente e de Chiwenga, também aparecem os ministros da Defesa e da Segurança de Estado dos dois países.
Não foram divulgadas informações sobre conteúdo da conversa. Segundo fontes ouvidas pela agência Reuters, a pressão para que o presidente aceite a oferta de uma "saída honrosa" é cada vez maior. Um delas, que conversou com aliados de Mugabe, contou que ele não planeja renunciar voluntariamente antes das eleições agendadas para o ano que vem. "É uma espécie de duelo, um impasse", disse.
O Exército defende que Mugabe, que comanda o Zimbábue desde sua independência do Reino Unido, em 1980, se retire sem alarde e permita uma transição pacífica para Emmerson Mnangagwa, o vice-presidente que o presidente demitiu na semana passada, desencadeando a crise política. Há 37 anos no poder e um dos líderes mais longevos e duradouros do mundo, aos 93 anos, Mugabe foi detido na quarta por um grupo de militares que se insurgiu contra o regime e ocupou as ruas da capital, Harare. Eles negam se tratar de um golpe de Estado.
Países vizinhos, como a África do Sul, já tentavam negociar com o grupo um diálogo para a transição do regime. Durante a manhã de quarta, o presidente sul-africano, Jacob Zuma, havia falado com Mugabe por telefone.
O governante e sua mulher, Grace, foram cercados pelos soldados de madrugada. Horas antes, centenas de membros das Forças Armadas haviam cercado Harare e tomaram prédios estatais, como a emissora pública ZBC.
O motim ocorre após uma disputa de poder no regime. Na semana passada, Mugabe destituiu seu vice, apoiado pelos militares para sucedê-lo. Dias depois, Mnangagwa deixou o país.
Também houve o expurgo de altos funcionários do regime ligados a vice-presidente deposto. O mandatário o acusou de planejar sua derrubada, inclusive com o uso de bruxaria. O comando das Forças Armadas e parte da União Nacional Africana Zimbabuana, partido do regime, interpretaram o gesto como a abertura do caminho para que a primeira-dama assuma o cargo na convenção da sigla, em dezembro. Grace é apoiada pela juventude da agremiação, mas é impopular entre a população por seus altos gastos em meio à crise. Ela chegou a ser vaiada em um discurso, o que levou quatro pessoas à prisão.
Dissidentes do regime pedem que Mugabe deixe o cargo pacificamente. "O velho homem deve descansar", disse o ex-ministro Tendai Biti.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO