Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 20 de Novembro de 2017 às 17:47

Casos de sífilis são 58,4 vezes mais altos do que em 2010

Suzy Scarton
Com frequência, o Rio Grande do Sul se destaca negativamente como o estado com mais casos de determinadas doenças - como a segunda maior taxa de detecção de Aids do Brasil, com 38,3 casos a cada 100 mil habitantes, por exemplo. Doença de notificação compulsória, a sífilis também é uma das enfermidades mais frequentes entre os gaúchos. Em Porto Alegre, por exemplo, a taxa de sífilis congênita, em 2016, de 29,2 casos a cada mil nascidos vivos, foi 4,3 vezes mais alta que a brasileira, de 6,8 casos. Os dados constam no mais recente boletim epidemiológico sobre a doença, do Ministério da Saúde.
Com frequência, o Rio Grande do Sul se destaca negativamente como o estado com mais casos de determinadas doenças - como a segunda maior taxa de detecção de Aids do Brasil, com 38,3 casos a cada 100 mil habitantes, por exemplo. Doença de notificação compulsória, a sífilis também é uma das enfermidades mais frequentes entre os gaúchos. Em Porto Alegre, por exemplo, a taxa de sífilis congênita, em 2016, de 29,2 casos a cada mil nascidos vivos, foi 4,3 vezes mais alta que a brasileira, de 6,8 casos. Os dados constam no mais recente boletim epidemiológico sobre a doença, do Ministério da Saúde.
Os números estaduais impressionam. Em 2016, a taxa de detecção da sífilis adquirida no Brasil foi de 42,5 casos a cada 100 mil habitantes. No Rio Grande no Sul, foi de 93,7 a cada 100 mil habitantes. Em 2010, o Estado registrou apenas 181 casos de sífilis adquirida, quantidade que subiu para 10.571 em 2016, número 58,4 vezes mais alto. Até junho de 2017, foram registradas 5.563 ocorrências, mas, como o ano ainda não acabou, não é possível calcular a taxa de detecção. As ocorrências em gestantes e a sífilis congênita (quando a bactéria passa da mãe para o bebê pela placenta) também cresceram nos últimos seis anos no Estado (ver tabela).
Neste mês, o Ministério da Saúde anunciou a estratégia Resposta Rápida à Sífilis, que deve repassar R$ 200 milhões em recursos para, pelo menos, 12 cidades gaúchas - Alvorada, Bento Gonçalves, Canoas, Caxias do Sul, Passo Fundo, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Rio Grande e Viamão -, que concentram 60% dos casos. 
Em nível nacional, os dados do boletim epidemiológico apontam que os casos de sífilis adquirida em adultos aumentaram 27,9% de 2015 para 2016. Entre as gestantes, o crescimento foi de 14,7%, enquanto as infecções por sífilis congênita subiram 4,7%. Segundo o ministro Ricardo Barros, as causas para o aumento são o desabastecimento de penicilina, medicamento mais eficaz contra a sífilis, e o maior número de diagnósticos a partir da distribuição de testes rápidos. Desde 2016, o Ministério identifica uma epidemia de sífilis no Brasil, mas Barros garante que a situação está controlada.
Procurada pela reportagem do Jornal do Comércio ontem, a Secretaria Estadual de Saúde, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que o tema era muito complexo e que não poderia dar uma resposta no mesmo dia.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO