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Geral

- Publicada em 07 de Novembro de 2017 às 18:02

Dois anos após tragédia de Mariana, água do Rio Doce segue imprópria para consumo

As águas da bacia do Rio Doce estão impróprias para consumo humano e pesca, irrigação e produção de alimentos em todos os pontos analisados pela Fundação SOS Mata Atlântica, ao longo de 733 quilômetros, por onde correu o rastro de lama, resultado da maior tragédia ambiental do País, ocorrida há dois anos, no município mineiro de Mariana. A qualidade da água dos rios que compõem a bacia do Rio Doce está ruim ou péssima em 88,9% dos pontos de coleta analisados e regular em 11,1%.
As águas da bacia do Rio Doce estão impróprias para consumo humano e pesca, irrigação e produção de alimentos em todos os pontos analisados pela Fundação SOS Mata Atlântica, ao longo de 733 quilômetros, por onde correu o rastro de lama, resultado da maior tragédia ambiental do País, ocorrida há dois anos, no município mineiro de Mariana. A qualidade da água dos rios que compõem a bacia do Rio Doce está ruim ou péssima em 88,9% dos pontos de coleta analisados e regular em 11,1%.
O Rio Doce foi contaminado pelo rompimento da barragem de Fundão, pertencente à mineradora Samarco, em 5 de novembro de 2015. O incidente devastou a vegetação nativa e poluiu toda a bacia, atingindo outros municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo. No total, 19 pessoas morreram e diversas comunidades foram destruídas.
A expedição realizada pela Fundação SOS Mata Atlântica, entre os dias 11 e 20 de outubro, percorreu o rastro da lama ao longo do Rio Doce, desde os seus formadores - os rios Gualaxo do Norte, Piranga e Carmo - até uma centena de afluentes que formam a bacia e banham 29 municípios e distritos dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A água não foi considerada boa ou ótima, na escala de avaliação da entidade, em nenhum ponto analisado.
Em 2017, houve piora na qualidade da água em relação ao ano anterior. No ano passado, a água foi considerada ruim ou péssima em 53% dos pontos de coleta, regular em 41,1% e ótima em 5,9%. O índice revelado neste ano é idêntico ao da coleta feita logo após a tragédia, em novembro de 2015, quando 88,9% das águas estavam em péssima qualidade e 11,1% dos pontos estavam regulares. Somente três pontos apresentaram conformidade com o padrão definido na legislação brasileira para turbidez, que é um dos indicadores diretamente associados ao impacto da lama de rejeito de minérios. A pesquisa constatou ainda ausência de vida aquática, como girinos, sapos e peixes, em sete dos 16 pontos que apresentam qualidade de água péssima ou ruim.
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