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Contas Externas

- Publicada em 23 de Novembro de 2017 às 20:05

Déficit externo chega a US$ 343 milhões em outubro

Saldo negativo de viagens internacionais cresceu 20% no período

Saldo negativo de viagens internacionais cresceu 20% no período


/COSTA CRUZEIROS/DIVULGAÇÃO/JC
Após o superávit de US$ 434 milhões em setembro, o resultado das transações correntes ficou negativo em US$ 343 milhões em outubro, informou o Banco Central (BC), por meio da Nota do Setor Externo à imprensa. A instituição projetava para o mês passado déficit em conta de US$ 1 bilhão. Apesar do déficit, o resultado de outubro é o melhor para o mês desde outubro de 2007, quando houve déficit de US$ 216,5 milhões.
Após o superávit de US$ 434 milhões em setembro, o resultado das transações correntes ficou negativo em US$ 343 milhões em outubro, informou o Banco Central (BC), por meio da Nota do Setor Externo à imprensa. A instituição projetava para o mês passado déficit em conta de US$ 1 bilhão. Apesar do déficit, o resultado de outubro é o melhor para o mês desde outubro de 2007, quando houve déficit de US$ 216,5 milhões.
A balança comercial registrou saldo positivo de US$ 4,911 bilhões em outubro, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 2,704 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 2,765 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou no azul em US$ 22 milhões.
No acumulado do ano até outubro, o rombo nas contas externas soma US$ 3,033 bilhões. Já nos últimos 12 meses até outubro deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 9,648 bilhões, o que representa 0,48% do Produto Interno Bruto (PIB).
A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de US$ 1,454 bilhão em outubro, informou o BC. A saída líquida representa um volume menor que os US$ 1,566 bilhão que foram enviados em igual mês do ano passado, já descontados os ingressos.
No acumulado de janeiro a outubro deste ano, a saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos alcançou US$ 15,701 bilhões. O total é superior ao registrado em igual período do ano passado, quando as remessas foram de US$ 13,723 bilhões. A expectativa do BC é de que a remessa de lucros e dividendos deste ano some US$ 23 bilhões. Para 2018, o cálculo é de US$ 25,5 bilhões.
O BC informou, também, que as despesas com juros externos somaram US$ 1,337 bilhão em outubro, ante US$ 1,464 bilhão em igual mês do ano passado. No acumulado do ano, essas despesas alcançaram US$ 18,587 bilhões, valor maior que os US$ 17,458 bilhões de igual período do ano passado. Para este ano, o BC projeta pagamento de juros no valor de US$ 23,5 bilhões. No caso de 2018, a cifra estimada é de US$ 20,5 bilhões.
O saldo negativo de viagens internacionais cresceu quase 20% em outubro, informou o BC. No mês passado, quando o dólar subiu mais de 3% ante o real, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil resultou em saldo negativo de US$ 1,174 bilhão. Em igual mês de 2016, o déficit havia sido de US$ 988 milhões. Em um ano, portanto, houve alta de 18,8%.
O desempenho da conta de viagens internacionais foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 1,637 bilhão em outubro. Já o gasto dos estrangeiros em passeio pelo Brasil ficou em US$ 463 milhões no mês passado.
No acumulado do ano até outubro, o saldo líquido dessa conta está negativo em US$ 10,959 bilhões.

Investimento Direto no País soma US$ 8,240 bilhões

Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 8,240 bilhões em outubro, informou o Banco Central. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de outubro indicaria entrada de US$ 7,000 bilhões.
No acumulado de 2017 até outubro, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo soma US$ 60,013 bilhões. Já a estimativa do BC para este ano, atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, é de US$ 75,0 bilhões de IDP. Para 2018, a expectativa é de US$ 80,0 bilhões.
No acumulado dos 12 meses até outubro deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 83,269 bilhões, o que representa 4,14% do Produto Interno Bruto (PIB).
Investidores estrangeiros reduziram a posição em ações brasileiras em US$ 56 milhões em outubro, informou o Banco Central. Em igual mês do ano passado, o resultado foi completamente contrário com aumento do investimento estrangeiro em ações brasileiras em US$ 1,603 bilhão.
No acumulado deste ano, o saldo está no azul em US$ 3,008 bilhões. Pelos cálculos do BC, o saldo das operações de investidores estrangeiros no mercado brasileiro de ações será positivo em US$ 3,0 bilhões em 2017.
Já o saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou positivo em US$ 1,477 bilhão em outubro e negativo em US$ 34 milhões no acumulado do ano até o mês passado. Para 2017 e 2018, a estimativa do BC é de saldo neutro nas operações com renda fixa.
Em outubro do ano passado, as aplicações em renda fixa foram negativas em US$ 2,620 bilhões e, no acumulado de janeiro a outubro de 2016, negativas em US$ 21,540 bilhões.