Os consumidores que querem comprar na Black Friday, amanhã, ainda têm tempo de monitorar os preços dos produtos que têm intenção de adquirir. Especialistas reforçam que pesquisar é essencial, tanto para verificar as ofertas apresentadas por diversas lojas quanto para ver se o preço do produto desejado não sofreu aumento alguns dias antes da data.
A prática é comprovada por levantamento feito neste mês pelo Zoom, site e app comparador de preços e produtos, que identificou aumento de preço em 19 categorias, o que representa 14% do total pesquisado.
Depilador elétrico foi o produto com o maior aumento de preço (20%) nas primeiras semanas de novembro, seguido por jogos do Nintendo Switch, com acréscimo de 9% no valor. Em seguida, aparecem babá eletrônica (4%), grill e sanduicheira (3,5%). Aparelho medidor de pressão, nobreak, jogos PSP, mochilas e processador de alimentos tiveram alta de 2% nos preços.
As outras categorias que apresentaram alta de preços em novembro foram: chuveiro e ducha (1,5%), transport elítico (1%), centrífuga e juicer (1%), mouse (0,99%), telefone (0,66%), cadeia para auto (0,60%), coifa e depurador de ar (0,49%), tênis (0,44%), mixer (0,23%) e churrasqueira (0,21%).
Cristiano Sobral, professor de Direito do Consumidor, alerta para casos de lojas que aumentam o preço dos produtos alguns dias antes para depois oferecer o desconto na Black Friday, voltando o item para o preço original. É a prática chamada "tudo pela metade do dobro".
Segundo Thiago Rocha, especialista de produtos do Zoom, o consumidor deve decidir antes os produtos que pretende comprar e acompanhar com antecedência se os itens estão com um desconto real e, assim, fazer a melhor compra.
"Como não são todos os itens que entram em promoção, e sim aqueles que o varejo pretende liquidar os estoques, é importante ficar de olho antes do evento", diz.
No dia, especificamente, vale dar uma última verificada do valor do produto ofertado por outros fornecedores e comparar com aquele que o consumidor achou o melhor preço para não cair no golpe de descontos falsos. O Procon-SP orienta que, ao fazer o levantamento, o consumidor deve imprimir a tela com o valor de compra do produto, o link, o nome da empresa, a data e a hora.
Vale guardar também folhetos com as promoções. Quem ainda não fez sua pesquisa, no entanto, não precisa se desesperar: sites de comparação de preços e aplicativos oferecem gráfico com a evolução dos preços de produtos para que se possa avaliar o desconto oferecido.