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Economia

- Publicada em 11 de Novembro de 2017 às 13:31

Cúpula da Apec termina com mensagem de nacionalismo dos EUA

Agência Estado
O maior fórum comercial da região do círculo do Pacífico encerrou neste sábado, no Vietnã, com ministros de Comércio anunciando uma versão diluída de um acordo multilateral e um discursos carregados de nacionalismo econômico por parte dos Estados Unidos.
O maior fórum comercial da região do círculo do Pacífico encerrou neste sábado, no Vietnã, com ministros de Comércio anunciando uma versão diluída de um acordo multilateral e um discursos carregados de nacionalismo econômico por parte dos Estados Unidos.
Os Estados Unidos se opuseram a outras nações, entre elas a China, Japão e Rússia, em questões como protecionismo e apoio ao comércio multilateral, disseram pessoas com acesso às negociações da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês). Como resultado, foram excluídos do comunicado final da cúpula parágrafos que defendiam o fortalecimento de sistemas multilaterais de comércio, o maior motivo da criação da Apec.
"Os EUA tinham entendimento bastante diferente" dos outros países, afirmou Alan Bollard, diretor-executivo do secretariado da Apec.
Ontem, o presidente Donald Trump declarou, em seu discurso no evento, que iria evitar os acordos multilaterais de comércio, contrariando décadas de posicionamento norte-americano. Trump disse a postura levou a acordos que se mostraram injustos com os interesses de seu país.
A cúpula "mostrou que Trump mantém a mesma atitude, mas também que líderes de outros países estão dispostos a avançar algumas questões sem ele", afirmou Roland Rajah, diretor do programa de economia internacional do Lowy Institute, um think-tank australiano.
No mesmo evento, onze nações que permaneceram na negociação da Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) anunciaram que fizeram progressos significativos em direção ao acordo definitivo sem os Estados Unidos. O anúncio, no entanto, foi atrasado pela posição do Canadá, o que impediu o anúncio de um acordo final.
O evento deste ano foi estranhamente combativo. Ele presenciou os EUA se distanciando de seu papel de líder do livre comércio, ao passo que viu países como a China se moverem em direção a ele. O comunicado final também trouxe um pedido dos países para que a Organização Mundial do Comércio "enfrente adequadamente os problemas que o sistema sofre". Em seu discurso, Trump também criticou a OMC, afirmando que ela impulsionava um sistema de comércio injusto.
Especialistas de comércio afirmam que a nova posição norte-americana sobre o livre comércio pode atrasar a tendência de abertura comercial mundial. "Caso os EUA se mantenham nessa posição, isso atrasaria a formação de uma nova ordem mundial e alimentar o ceticismo contra a globalização", afirmou Fukunari Kimura, professor de economia da Universidade de Tóquio.
Os Estados Unidos contrariavam décadas de defesa do livre comércio, a China procurou se colocar como o novo líder nesse quesito, defendendo a integração regional. "O presidente Xi Jinping defendeu uma economia aberta e inclusiva na região, que fortaleça seu desenvolvimento futuro", afirmou Zhang Jun, diretor-geral de assuntos exteriores do Ministério do Comércio chinês.
Apesar do tom, a China permanece uma economia relativamente fechada e dominada por estatais, com acesso limitado a investidores estrangeiros.
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