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Economia

- Publicada em 12 de Novembro de 2017 às 22:17

Natal impulsiona contratação de temporários

Após três anos de vendas fracas, lojas reforçam mão de obra e se preparam para o aumento da demanda

Após três anos de vendas fracas, lojas reforçam mão de obra e se preparam para o aumento da demanda


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Guilherme Daroit
Principal data do varejo, o Natal costuma ser, também, o eldorado de quem busca um emprego, ainda que temporário. Como chegam a vender para a data o equivalente a dois meses normais, os lojistas sempre reforçam sua força de vendas, abrindo as portas para novos trabalhadores. O movimento acabou refreado nos últimos anos com a crise no consumo, mas, para 2017, a expectativa de vendas melhores deve levar, também, a um maior número de contratações. Só na Capital, a projeção é de 2 mil vagas no comércio, e há projeções de crescimento no Estado de até 5,2% em relação ao ano passado.
Principal data do varejo, o Natal costuma ser, também, o eldorado de quem busca um emprego, ainda que temporário. Como chegam a vender para a data o equivalente a dois meses normais, os lojistas sempre reforçam sua força de vendas, abrindo as portas para novos trabalhadores. O movimento acabou refreado nos últimos anos com a crise no consumo, mas, para 2017, a expectativa de vendas melhores deve levar, também, a um maior número de contratações. Só na Capital, a projeção é de 2 mil vagas no comércio, e há projeções de crescimento no Estado de até 5,2% em relação ao ano passado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas-POA), Paulo Kruse, há otimismo entre os varejistas de que este Natal será melhor do que pelo menos os dos últimos três anos. Fatores como juros mais baixos, que barateiam as prestações de crediário e cartão de crédito, além da queda na inflação, que manteve os preços dos produtos relativamente estáveis, são usados como justificativas para a previsão. "Como fazem as compras com antecedência, vemos que o comércio se preparou para um aumento de vendas", comenta Kruse, que prevê crescimento entre 8% e 10% nos negócios na Capital em relação a 2016.
Para atender à demanda, o sindicato acredita que serão contratadas 2 mil pessoas pelas lojas de Porto Alegre. No Estado todo, segundo a Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV), o número para o segundo semestre deve chegar a 5,2 mil vagas temporárias, aumento de 5,2% na comparação com o ano passado. O otimismo é visto também na esfera nacional. Na semana passada, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) revisou para cima suas próprias projeções, de 73,1 mil para 73,8 mil vagas formais para realizar as vendas de R$ 34,7 bilhões, avanço de 4,8% sobre 2016.
O movimento viria na contramão do do que tem sido visto até aqui, segundo o presidente da AGV, Vilson Noer. "No ano, os lojistas não vinham contratando muito, indo em busca de soluções internas e aumento de produtividade", conta Noer, citando que a inversão é resultado da melhora no cenário econômico.
Mesmo com as poucas admissões durante o ano, porém, haveria ainda um índice de ociosidade nas lojas em torno de 5%, o que faz com que o nível de contratações para o fim de ano seja menor do que poderia, segundo o presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn. "Ainda vai demorar para o varejo absorver os trabalhadores hoje desempregados ou na informalidade. Está acontecendo, mas devagar", comenta Bohn, lembrando que, estruturalmente, embora seja talvez o último setor a sentir a crise, que impacta primeiro na indústria, o varejo agora é também o último a sair dela.
Em um indicador próprio, a Fecomércio-RS calcula que a contratação deve ser muito semelhante ao nível realizado em 2016 no setor. A maioria dos lojistas (61,9%) afirma que abrirá o mesmo número de vagas do ano passado, enquanto 17,5% dizem que aumentarão a oferta e outros 20,5% pretendem reduzir as admissões.
Independentemente do número de postos a serem abertos, quem conseguir uma das vagas temporárias tem boas chances de transformá-la em efetiva. "A pessoa que entra e demonstra qualidade e comprometimento certamente será contratada", garante Kruse, que acrescenta que um bom profissional pode mudar o patamar de venda das lojas.
Não é apenas o Natal, entretanto, que ajuda a aquecer o mercado de trabalho gaúcho. Novos shoppings têm aberto mais vagas de emprego, como o Praça Nova Santa Maria, na cidade da região Central, inaugurado em setembro, e o ParkShopping Canoas, no município da Região Metropolitana, que deve abrir as portas no fim de setembro. O centro comercial de Canoas, por exemplo, deve gerar 3 mil vagas, várias delas ainda abertas. "É também algo muito positivo, que vem remando nessa onda de melhoria e de retomada da economia", afirma Noer. Outros dois empreendimentos têm inauguração prevista até abril do ano que vem, em Passo Fundo e Alvorada.
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