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Investimento

- Publicada em 09 de Novembro de 2017 às 22:23

Em agenda positiva, governo lança o Avançar

Michel Temer, Moreira Franco e Dyogo Oliveira participaram do anuncio

Michel Temer, Moreira Franco e Dyogo Oliveira participaram do anuncio


/ALAN SANTOS/PR/DIVULGAÇÃO/JC
Em busca de uma agenda positiva, o governo lançou, nesta quinta-feira, em evento no Palácio do Planalto, o "Agora, É Avançar", programa que promete investimentos de R$ 130 bilhões para retomar obras paradas e projetos de infraestrutura até o final do próximo ano, quando acontecem as eleições presidenciais.
Em busca de uma agenda positiva, o governo lançou, nesta quinta-feira, em evento no Palácio do Planalto, o "Agora, É Avançar", programa que promete investimentos de R$ 130 bilhões para retomar obras paradas e projetos de infraestrutura até o final do próximo ano, quando acontecem as eleições presidenciais.
A apresentação do programa reuniu diversos ministros, com a participação do presidente Michel Temer. A iniciativa prevê a conclusão de obras de saneamento, creches, unidades básicas de saúde, recuperação de pistas de aeroportos e duplicação de rodovias, entre outras iniciativas.
Na prática, muitas das obras abrangidas já estavam listadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), programa dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff que foi um dos principais alvos do forte contingenciamento de recursos nos últimos anos.
Também foram abrigados sob o guarda-chuva do Avançar projetos e iniciativas tocados por diferentes ministérios. O ministro Dyogo Oliveira, do Planejamento, afirmou que, a partir de agora, esses investimentos terão prioridade na execução do orçamento.
Para diferenciar o programa, o governo afirma que as obras realizadas em parceria com a iniciativa privada, diferentemente do que ocorria com o PAC, não estão listadas no Avançar. Dessa forma, o valor a ser investido não seria inflado.
O programa será dividido em três frentes: o Avançar, com R$ 42,1 bilhões de recursos do orçamento para 6.233 obras; o Avançar Cidades, com R$ 29,9 bilhões da Caixa Econômica e do FGTS para 1.109 projetos; e o Avançar Energia, com R$ 58,9 bilhões de estatais de energia para 97 projetos.
"Para todos esses investimentos temos recursos previstos no orçamento, e terão prioridade de aplicação. Não incluímos nada que não seja ação governamental, nada da iniciativa privada", declarou.
No total, de acordo com Dyogo Oliveira, são 7.439 obras que estão paralisadas ou em ritmo lento, e que serão concluídas até 2018 - a principal concentração dessas obras é no Nordeste, onde estão 3.186 desses projetos.
Os recursos serão divididos entre infraestrutura, política social, defesa, habitação, mobilidade urbana, saneamento, e geração e transmissão de energia.
Em discurso, o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) afirmou que o programa irá agilizar obras "que estavam paralisadas há anos" e ressaltou que o governo federal venceu "adversidades".
Ele disse que foram feitas "ilações" contra o presidente Michel Temer, mas que não desmontaram a gestão peemedebista. Enganam-se os que pensaram que a trama que urdiram iria nos desmontar. Ao contrário, tivemos coragem para fazer com que o governo continue a avançar", disse.
O secretário-geral da Presidência da República destacou que serão concluídas pelo programa obras inacabadas, algumas paralisadas há anos, o que demonstra a retomada do investimento público no País. "Com o Programa Avançar, vamos retomar os investimentos públicos. Lamentavelmente, para tirar o País do vermelho e fazer todas essas reformas para garantir o equilibro fiscal, eles (os investimentos) tiveram que ser contidos. Agora, estamos retomando", afirmou Moreira Franco.

Governo do Estado desconhece teor do projeto de Temer

Nova  ponte do Guaíba está relacionada no plano de investimentos

Nova ponte do Guaíba está relacionada no plano de investimentos


JONATHAN HECKLER/JONATHAN HECKLER/ARQUIVO/JC
Pouca ou praticamente nenhuma atenção recebeu do governo do Estado o anúncio do presidente Michel Temer sobre o lançamento do Programa Avançar, que promete investir R$ 130 bilhões no País, sendo R$ 15 bilhões em obras no Rio Grande do Sul.
Procurados pela reportagem para comentar o plano e as obras gaúchas nele incluídas, as secretarias de Planejamento, de Desenvolvimento e a Casa Civil não haviam, até o final da tarde de ontem, sequer se debruçado sobre a lista ou feito qualquer tipo de análise em relação ao anúncio. Além disso, nenhum representante dessas pastas havia sido previamente comunicado sobre o que constaria na relação ou foi consultado sobre prioridades.
Em comunicado, o governo federal afirma que "os empreendimentos têm prazo de entrega até o final de 2018". Porém no pacote estão incluídas obras que dificilmente ficarão prontas até o final do ano que vem, como a nova ponte sobre o Guaíba e a duplicação da BR-116.
Se retiradas da relação obras como a nova ponte do Guaíba, a duplicação da BR-116 e a conclusão de plataformas petrolíferas em fase de montagem nos estaleiros de Rio Grande e São José do Norte, a maior parte das iniciativas é composta de intervenções de abrangência municipal. Entram na lista desde projetos de saneamento em pequenas cidades até creches e quadras poliesportivas em escolas do interior.