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Economia

- Publicada em 07 de Novembro de 2017 às 18:10

Qualidade das estradas no País piora em 2017

A qualidade geral das rodovias brasileiras caiu em 2017. Entre os quase 106 mil quilômetros avaliados, o percentual considerado regular, ruim ou péssimo subiu de 58,2%, em 2016, para 61,8% neste ano, indica pesquisa anual da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O levantamento engloba todas as rodovias federais pavimentadas e as principais rodovias estaduais. O meio é usado em 60% da movimentação de cargas e em 90% do transporte de passageiros.
A qualidade geral das rodovias brasileiras caiu em 2017. Entre os quase 106 mil quilômetros avaliados, o percentual considerado regular, ruim ou péssimo subiu de 58,2%, em 2016, para 61,8% neste ano, indica pesquisa anual da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O levantamento engloba todas as rodovias federais pavimentadas e as principais rodovias estaduais. O meio é usado em 60% da movimentação de cargas e em 90% do transporte de passageiros.
A piora atingiu tanto rodovias sob gestão pública quanto as concedidas, embora entre as públicas a deterioração seja bem superior. A queda da qualidade, segundo a CNT, está diretamente ligada a um histórico de baixo investimento, em especial uma expressiva redução de inversões federais a partir de 2011.
No Rio Grande do Sul, segundo a pesquisa da CNT, entre 2016 e 2017, o percentual de estradas considerado regular, ruim ou péssimo subiu de 60,7% para 62,2%. Nas estradas gaúchas concedidas, a fatia considerada regular ou ruim subiu de 38,7% para 43,7% de um ano para o outro - porém, tanto em 2016 quanto em 2017, nenhuma rodovia sob regime de concessão foi declarada péssima. Já nas estradas de gestão pública, esse percentual caiu de 68,5% para 66,7% no período.
Em relação ao tipo de jurisdição, no Estado, as estradas federais declaradas regulares, ruins ou péssimas passaram de 53,0%, em 2016, para 54,8% em 2017. Já as rodovias estaduais com a mesma classificação caíram de 81,4%, no ano passado, para 72,3% neste ano.
Em 2017, até junho, foram investidos R$ 3 bilhões em rodovias públicas federais. Mantido o ritmo, o volume deve encerrar o ano bem abaixo dos R$ 8,61 bilhões registrados em 2016, número que já havia retrocedido ao nível de 2008. O volume gasto em acidentes havia superado os investimentos, chegando a R$ 10,9 bilhões em 2016.
Para que o País alcance uma infraestrutura rodoviária adequada, diz a CNT, seriam necessários investimentos totais de R$ 293,8 bilhões. Apenas para manutenção, restauração e reconstrução dos quase 83 mil quilômetros desgastados, seria preciso desembolsar R$ 51,5 bilhões.
"A única saída para a situação são as concessões rodoviárias", disse Flávio Benatti, presidente da área de transportes rodoviários da CNT. Segundo ele, a má qualidade das rodovias onera o custo da operação de empresas de transportes em 27%, em média.
Esse percentual pode chegar a 90% do custo operacional em rodovias em péssimo estado, afirmou. "As concessões feitas há três anos foram um verdadeiro 'me engana que eu gosto', para mexer com tarifas e não com investimentos", disse Benatti, ao ressaltar que a BR-153 está sendo devolvida e há 140 outras em processo de devolução. "Não vamos ter crescimento adequado se não olharmos para a questão da infraestrutura de transporte", disse.
divulgação/jc
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