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Desenvolvimento

- Publicada em 06 de Novembro de 2017 às 23:16

Rio Grande do Sul ocupa sétimo lugar em competitividade

No quesito infraestrutura, o Rio Grande do Sul está na 18ª posição, abaixo da média nacional, mostra estudo

No quesito infraestrutura, o Rio Grande do Sul está na 18ª posição, abaixo da média nacional, mostra estudo


DANI BARCELOS/DANI BARCELOS/PALÁCIO PIRATINI/JC
O Rio Grande do Sul ficou na sétima posição na classificação geral do Ranking de Competitividade dos Estados 2017, com 57,4 pontos, perdendo para estados como São Paulo (87,8), Santa Catarina (77,2) e Paraná (71,1), mas superando a média Brasil (47,9). O ranking, divulgado no final da manhã de ontem, durante a primeira edição do Seminário de Competitividade da regional Sul do Grupo de Líderes Empresariais (Lide-RS), leva em conta aspectos como sustentabilidade social, inovação, infraestrutura e solidez fiscal, entre outros.
O Rio Grande do Sul ficou na sétima posição na classificação geral do Ranking de Competitividade dos Estados 2017, com 57,4 pontos, perdendo para estados como São Paulo (87,8), Santa Catarina (77,2) e Paraná (71,1), mas superando a média Brasil (47,9). O ranking, divulgado no final da manhã de ontem, durante a primeira edição do Seminário de Competitividade da regional Sul do Grupo de Líderes Empresariais (Lide-RS), leva em conta aspectos como sustentabilidade social, inovação, infraestrutura e solidez fiscal, entre outros.
No que se refere a um conjunto de indicadores de sustentabilidade social (acesso à saúde, condições de vida, longevidade da população, taxas de mortalidade na infância e índices de acidentes de trânsito), o Rio Grande do Sul ocupa uma boa posição (3ª). Também os aspectos ligados à inovação (2º lugar) e eficiência da máquina pública (1º) são destaques positivos apontados pelo estudo, desenvolvido pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com a Tendências Consultoria Integrada. Já os destaques negativos são carências de infraestrutura (incluindo os custos de serviços como energia elétrica, água e esgoto relativamente caros para usuários), solidez fiscal e capital humano, aponta o relatório apresentado para empresários pelo sócio-diretor da Tendências, Adriano Pitoli.
O Ranking de Competitividade varia de 0 a 100 - onde 0 representa a pior nota e 100 a melhor nota - e é composto de 66 indicadores distribuídos em dez pilares temáticos: Infraestrutura, Educação, Sustentabilidade Social, Sustentabilidade Ambiental, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Potencial de Mercado, Inovação, Segurança Pública e Capital Humano.
"Uma situação delicada no Rio Grande do Sul é a das finanças públicas do governo estadual", observou Pitoli, emendando que o contexto da crise econômica piorou a situação de estados que já acumulavam uma dívida elevada. Para o consultor, o Estado tem o desafio de fazer uma política fiscal consistente a longo prazo. Pitoli lembrou ainda que em geral o País não tem levado vantagem na competitividade com países asiáticos, onde a mão de obra é "muito barata". "Isso é uma realidade mundial."
"O Rio Grande do Sul vive uma situação muito complicada, com aumento do déficit público como consequência de políticas inapropriadas de gestão pública, que degradaram a segurança e a infraestrutura, além de retirar investimentos do Estado", avaliou o presidente do Lide, Eduardo Fernandez. Segundo o dirigente, a proposta de divulgar, de forma inédita, os indicadores desenvolvidos anualmente pelo CLP visa "contribuir para a melhoria da eficiência da gestão do Rio Grande do Sul também em nível municipal. "Queremos que o impacto seja percebido também pelas prefeituras", destacou. De acordo com Pitoli, a saída para o Rio Grande do Sul é buscar novos eixos de desenvolvimento, "o que é um desafio, uma vez que a dinâmica econômica está em profunda transformação".

Gestão fiscal é desafio a ser vencido pelo governo

Eduardo Fernandez detalhou pesquisa ao governador José Ivo Sartori

Eduardo Fernandez detalhou pesquisa ao governador José Ivo Sartori


/Fredy Veira/JC
A diretora Executiva do CLP, Luana Tavares, lembrou que o Estado precisa cuidar das áreas de educação e segurança, com melhores políticas públicas, além de olhar com atenção para a gestão fiscal - o Rio Grande do Sul aparece na 26ª posição no item solidez fiscal. Por outro lado, elogiou iniciativas como a Sala do Investidor, projeto que ficou entre os seis contemplados pelo Prêmio Excelência em Competitividade da entidade, por apresentar práticas "que estão gerando bons resultados, ainda que em uma proporção pequena". Foram 100 projetos analisados de 19 estados brasileiros, entre eles a Sala do Investidor, "que garante maior facilidade e agilidade para investidor abrir o seu negócio", destacou Luana.
Na opinião do presidente do Lide, as atuais reformas do governo do Rio Grande do Sul têm sido importantes para melhorar a eficiência da gestão do Estado. O governador José Ivo Sartori, presente à divulgação do estudo, afirmou que a atração de investimentos tem sido uma iniciativa constante do Estado. "Temos um lugar estratégico e depende de nós - governo e instituições - movimentar o Mercosul", discursou. "Dentre as fontes de investimento que buscamos no exterior, podemos destacar as do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Stihl, da SAP Labs, localizada no Tecnosinos, e da Fraport, que irá ampliar o Aeroporto Internacional Salgado Filho em Porto Alegre.
Sartori lembrou ainda que o governo está em tratativas com entidades do sistema S para parcerias com escolas técnicas, no sentido do desenvolvimento de pesquisas, que aliadas às que já ocorrem em universidades e em parques tecnológicos supririam a demanda do que atualmente é realizado pelas fundações estaduais extintas.