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Conjuntura Internacional

- Publicada em 02 de Novembro de 2017 às 19:19

Trump escolhe Powell como presidente do Fed

Powell (d) deve assumir o banco central no lugar de Janet Yellen

Powell (d) deve assumir o banco central no lugar de Janet Yellen


/SAU LOEB E BRITT LECKMAN/US FEDERAL RESERVE/AFP/JC
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou, nesta quinta-feira, Jerome Powell como novo presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano). Powell, 64 anos, que atualmente é um dos diretores do Fed, deve dar continuidade ao aumento lento e gradual das taxas de juros americanas - atualmente na faixa de 1% a 1,25%. A escolha deve impactar a economia brasileira, e positivamente, segundo analistas. Nos últimos dias, houve instabilidade na bolsa e na cotação do dólar, na expectativa pelo anúncio. "Estamos muito voláteis, para cima e para baixo. O anúncio de Powell dá uma acalmada nos mercados", diz Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou, nesta quinta-feira, Jerome Powell como novo presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano). Powell, 64 anos, que atualmente é um dos diretores do Fed, deve dar continuidade ao aumento lento e gradual das taxas de juros americanas - atualmente na faixa de 1% a 1,25%. A escolha deve impactar a economia brasileira, e positivamente, segundo analistas. Nos últimos dias, houve instabilidade na bolsa e na cotação do dólar, na expectativa pelo anúncio. "Estamos muito voláteis, para cima e para baixo. O anúncio de Powell dá uma acalmada nos mercados", diz Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos.
A nomeação indica que "não há uma guinada no cenário" norte-americano, segundo Latif, o que deve diminuir a pressão cambial no Brasil. Ao mesmo tempo, Powell demonstra simpatia à diminuição de algumas regras impostas aos bancos após a crise de 2008 - o que vai ao encontro da pauta antirregulamentação do governo Trump. "Mais regulamentação não é a melhor resposta para qualquer problema", disse Powell, em outubro.
O novo nomeado para o Fed não é economista, mas advogado, e tem ligações profundas com o Partido Republicano. Já foi sócio do Carlyle Group, em uma sociedade de investimentos, e trabalhou como banqueiro de investimentos em Nova Iorque. Na administração pública, já foi subsecretário do Tesouro na gestão de George H. W. Bush, na década de 1990.
Apesar do bom desempenho da economia norte-americana sob a atual presidente do Fed, Janet Yellen, a escolha de Trump também é um aceno para os republicanos, que pedem menos regulação nos mercados, algo a que Powell se mostra disposto a fazer.
O mandato de Yellen se encerra em fevereiro de 2018. É a primeira vez, desde 1979, que um presidente do Fed não é reconduzido ao cargo - embora Trump tenha afirmado que considera a atual presidente, a primeira mulher à frente do Banco Central norte-americano, "excelente". Apesar das diferenças, Powell deve dar continuidade à política monetária de sua antecessora. Como diretor do Fed, ele demonstrou apoio à decisão de elevar gradualmente as taxas de juros. A indicação de Powell ainda precisa ser confirmada pelo Senado.
 

Reforma tributária nos EUA prevê corte de impostos

Republicanos da Câmara dos EUA, buscando a maior transformação no código tributário do país em mais de 30 anos, visam reduzir permanentemente o imposto para empresas dos atuais 35% para 20% e comprimir o número de faixas de imposto de renda de pessoas físicas, de acordo com um resumo do plano obtido pelo The Wall Street Journal.
O projeto prevê quatro alíquotas para pessoas físicas: 12%, 25%, 35% e 39,6%. A taxa de 39,6% é válida para casais com renda acima de US$ 1 milhão.
Também está prevista a criação de um imposto de 10% sobre os altos lucros de subsidiárias de empresas americanas no exterior, como uma medida para prevenir que as companhias concentrem seus ganhos em outros países. Há, ainda, a imposição de novas restrições para companhias estrangeiras operarem nos EUA, como um imposto de até 20% sobre pagamentos feitos no exterior por suas operações em território americano.
Muitas companhias poderão ter um novo limite de redução de deduções, que poderá ser de 30% sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Companhias do setor imobiliário e pequenas empresas podem ser isentas desse limite.
Outra alteração prevista diz respeito a um imposto que seria cobrado sobre o estoque de lucros das empresas no exterior, que deve ser significativamente maior que o estimado pelos republicanos. O projeto prevê alíquota de 12% sobre o dinheiro das subsidiárias estrangeiras e 5% sobre investimentos sem liquidez.
Para compensar parcialmente a perda de receita, os republicanos planejam suspender as deduções com pagamentos de impostos estaduais e locais de pessoas físicas e de empresas com o pagamento de juros de dívidas. O plano, no entanto, não dá detalhes sobre possíveis mudanças em pontos como o plano de aposentadoria. O Comitê de Formas e Meios da Câmara dos EUA planeja analisar o projeto na próxima semana, com o objetivo de transformá-lo em lei até o Natal para que entre em vigor em 2018.