Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 01 de Novembro de 2017 às 17:15

Apesar da queda do dólar, taxas futuras de juros fecham em alta firme

Agência Estado
Os juros futuros de médio e longo prazos fecharam a sessão regular desta quarta-feira, 1º de novembro, em alta firme, a despeito do recuo do dólar ante moedas de economias emergentes, incluindo o real. As taxas curtas terminaram perto da estabilidade. O avanço também foi na contramão do sinal de baixa do rendimento das T-Notes de dez anos, mais acentuado no período da tarde.
Os juros futuros de médio e longo prazos fecharam a sessão regular desta quarta-feira, 1º de novembro, em alta firme, a despeito do recuo do dólar ante moedas de economias emergentes, incluindo o real. As taxas curtas terminaram perto da estabilidade. O avanço também foi na contramão do sinal de baixa do rendimento das T-Notes de dez anos, mais acentuado no período da tarde.
Não houve um fator específico a definir a trajetória ascendente das taxas futuras, além do que já vinha inibindo a exposição ao risco nos últimos dias: as incertezas do exterior - sobretudo a expectativa pelo anúncio do próximo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americana) - e o ceticismo com o andamento das reformas, em especial a da Previdência.
Neste sentido, a entrevista do vice-presidente de rating soberano para a América Latina da Moody's, Mauro Leos, ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) ajudou a adicionar cautela no mercado.
A taxa dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 ficou estável em 7,27% e a do DI para janeiro de 2020 subiu de 8,39% para 8,44%. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou em 9,26%, de 9,18%, e a do DI para janeiro de 2023 avançou de 9,89% para 10,00%.
Durante boa parte do dia, os juros acompanharam a volatilidade do dólar, mas na última hora de negócios, houve um descolamento. Quando o dólar voltou a cair, os juros permaneceram em alta até o fechamento.
Além de à tarde ter aumentado o movimento de "risk off" no exterior, que levou os rendimentos dos Treasuries para as mínimas do dia, internamente, a postura defensiva ganhou fôlego com a entrevista do executivo da Moody's, na qual alertou sobre os riscos para o crédito soberano do Brasil caso não seja aprovada a reforma da Previdência. "É justo avaliar que definitivamente a não aprovação da reforma da Previdência Social trará desdobramentos negativos para o crédito soberano do Brasil", disse.
Quanto ao Fed, a decisão de política monetária não trouxe surpresas, com a taxa mantida na faixa de 1% a 1,25%, tampouco o comunicado, uma vez que o mercado agora está focado mais em como será a política monetária em 2018, quando a instituição provavelmente estará sob nova direção.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai escolher o próximo presidente do Fed na quinta-feira e comentou que as pessoas ficarão "impressionadas" com sua escolha. Ele também comentou que a atual comandante da instituição, Janet Yellen, "é excelente", mas, quando questionado se reconduziria ela ao cargo, afirmou que "não disse isso".
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO