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Cultura

- Publicada em 08 de Novembro de 2017 às 08:21

Daniel Torres celebra 40 anos de trajetória artística no Theatro São Pedro

Cantor Daniel Torres faz show amanhã no Theatro São Pedro

Cantor Daniel Torres faz show amanhã no Theatro São Pedro


ACERVO PARTICULAR/DIVULGAÇÃO/JC
Caroline da Silva
Para celebrar seus mais de 40 anos de trajetória artística, o cantor e compositor Daniel Torres não subirá sozinho ao palco do Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº) amanhã, às 21h. Com ele, estarão convidados que testemunharam e participaram desta caminhada musical, como os cantores Dante Ramon Ledesma, Sergio Rojas, Elton Saldanha e Serginho Moah, além do cantor argentino Nino Zannoni. Ingressos entre R$ 35,00 e R$ 80,00 na bilheteria do local.
Para celebrar seus mais de 40 anos de trajetória artística, o cantor e compositor Daniel Torres não subirá sozinho ao palco do Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº) amanhã, às 21h. Com ele, estarão convidados que testemunharam e participaram desta caminhada musical, como os cantores Dante Ramon Ledesma, Sergio Rojas, Elton Saldanha e Serginho Moah, além do cantor argentino Nino Zannoni. Ingressos entre R$ 35,00 e R$ 80,00 na bilheteria do local.
No show Daniel Torres canta América, o intérprete de voz marcante percorre mais de quatro décadas de uma significativa e simbólica trajetória musical ligada ao folclore, relembrando seus grandes sucessos, como Paraguaita (Galileu Arruda), Solo le pido a Dios (León Gieco), Nosso canto (Daniel Torres, Aroldo Torres e Janete Urtazum), Mercedita (Ramón Sixto Ríos) e Yolanda (Pablo Milanés), entre outras. No espetáculo, que promete surpresas e muita emoção relacionada ao passado, ele estará acompanhado de uma banda formada pelos músicos Diogo Barcelos (piano), Lucas Araújo (violão), Marcio Rosado (guitarra semi-acústica), Djalmo Oliveira (bateria), Elmer Fagundes (acordeão), Costa Lima (contrabaixo), Douglas Umabel (violino) e Carlos Perez (percussão). A ocasião será inusitada: apesar de tanto tempo de atuação no Estado e de todo o reconhecimento na área artística, será a estreia solo do cantor no palco do Theatro São Pedro, aos 59 anos. Por isso, o espetáculo está sendo preparado com o devido cuidado, há cerca de quatro meses.
Intérprete e compositor brasileiro de música nativista gaúcha e sul-americana, Torres nasceu no município gaúcho de Santa Vitória do Palmar - de pai chileno e mãe argentina - e cresceu no Uruguai. Alfabetizado em espanhol, retornou ao Rio Grande do Sul já adolescente e só então começou a falar em português. Ainda guri, fugia de casa para ouvir grupos de músicos no Chuí; aos nove anos estudou música em Montevidéu, e, de repente, aos 13, estava em Horizontina, no Interior, onde começou a cantar em grupos de baile.
Da infância, no país vizinho, ao lado dos pais, que eram artistas de circo e também trabalhavam no rádio como atores, o artista recorda as primeiras apresentações em conjuntos, até chegar em Porto Alegre, em 1982, quando deu início a uma vitoriosa carreira, registrada em nove discos lançados, mais de 50 prêmios como melhor intérprete em festivais e cerca de 300 músicas gravadas, além de um público fiel e muitos amigos/parceiros conquistados.
Foi aos 24 anos que resolveu tentar a sorte na Capital. Cantou na Cervejaria Barril em espanhol um repertório de músicas românticas e latino-americanas. Um dia, foi ouvido pelo cantor Leopoldo Rassier, que o convidou para integrar um grupo do qual participavam Airton Pimentel e Antonio Augusto Fagundes.
Daniel Torres se define como um cantor, independente de gênero ou estilo: "Canto aquilo que gosto e me transmita alguma coisa que possa fazer refletir e levar uma mensagem para alguém, como o amor pela nossa terra e ao ser humano". O intérprete transita entre rock'n'roll e temas italianos e latinos, como já fez na juventude: "O folclore já vem no meu sangue. A música tradicional é aquela originada da tradição de cada povo, e temos a milonga e o chamamé que vêm de quatro fronteiras: Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile."
Para o artista, não há necessidade de rótulos na produção artística. "Tem que ser bem bonita, sofisticada. Com uma mensagem que toque, que diga algo, ela não tem fronteiras e não tem idade. Como tem muitas pessoas dos 60 aos 70 anos que gostam do meu trabalho, também há crianças, e isso para mim é fundamental", avalia sobre seu ofício.
Em 1989, Daniel Torres foi indicado ao Prêmio Sharp de cantor revelação de música regional. Em 1997, recebeu o troféu Vitória de melhor intérprete do Rio Grande do Sul, concedido pelo governo do Estado. Representou o Rio Grande do Sul no Festival Mundial de Folclore na Guiana Francesa; no Japão; nos Estados Unidos; em Portugal; em Viena, na Áustria; além de Argentina e Uruguai.
O primeiro disco, Daniel Torres, saiu pela gravadora Discoteca, de Porto Alegre, em 1985. Em seguida, recebeu uma proposta da Continental (que, depois, veio a se tornar Warner) para gravar meu segundo LP, Nosso canto (1987). Depois, vieram Simplesmente Latino (1987) e Daniel Torres canta o Rio Grande (2001). Pela Orbeat Music, gravou em espanhol Grandes Clássicos da Música Latina - Ao vivo (2004) e Volver a empezar (2006). O trabalho mais recente, com muito canto e violões, é Daniel Torres entre amigos, com a participação de parceiros de longa data e também de nomes da nova geração do nativismo. O trabalho já está finalizado, esperando um momento especial a ser lançado, para garantir a presença desses convidados, a partir de maio de 2018.
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