A Caoa, empresa brasileira de distribuição e fabricação de automóveis, e a Chery, maior exportadora de veículos chineses, estabeleceram um contrato do qual surge a Caoa Chery, com a primeira adquirindo 50% do negócio da segunda. A nova montadora irá desenvolver soluções para crescer e ganhar competitividade global, passando a exportar para toda a América Latina, tendo o Brasil como plataforma dessa expansão. A parceria prevê a fabricação de veículos da marca Chery na planta da Caoa, em Anápolis (GO), que já está sendo ampliada, e na unidade industrial da Chery em Jacareí (SP). Ao longo dos próximos cinco anos, a Caoa Chery pretende investir até US$ 2 bilhões nas suas operações locais, com recursos próprios.

A Fras-le avança em seu processo de internacionalização e, alinhada com a sua estratégia de crescimento, formaliza a compra de empresas no exterior. A companhia assinou contratos para a aquisição de três fabricantes de autopeças, duas localizadas na Argentina, a Armetal Autopartes S.A. e a Farloc Argentina S.A.C. y F., e uma no Uruguai, a Fanacif S.A. O valor estimado do negócio é de R$ 91 milhões. A Fras-le já conta com unidades produtivas nos Estados Unidos e na China. Em setembro passado, inaugurou, na Colômbia, um escritório de vendas em Bogotá e, em dezembro, terá um centro de distribuição em Cartagena de Las Índias.

A Opel divulgou sua estratégia comercial para os próximos anos, e um desembarque no Brasil estaria no radar da marca alemã no médio prazo. Até março deste ano pertencendo à General Motors, a Opel foi adquirida pelo grupo automotivo francês PSA, controlador das marcas Peugeot, Citroën e DS. A Opel nunca esteve "oficialmente" no mercado nacional, mas alguns dos modelos vendidos pela Chevrolet por aqui nos anos 1980, 1990 e recentemente foram desenvolvidos pela montadora europeia, como Kadett, Corsa, Vectra, Meriva, Astra e Zafira, por exemplo.

Dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) mostram que foram produzidas 77.076 motocicletas em outubro, o que representa um quadro de estabilidade frente às 76.668 unidades fabricadas em setembro. Contudo, na comparação com outubro de 2016 (71.520), houve alta de 7,8%. Já no acumulado dos 10 meses deste ano, as 729.268 motos produzidas refletem um recuo de 7% confrontando com igual período do ano passado (784.519). Para a entidade, essa estabilidade no volume de produção indica uma tendência de melhora no desempenho da indústria a partir de 2018, depois de uma longa série de resultados negativos.

O Complexo Industrial da Nissan, em Resende (RJ), alcançou a marca de 20 mil veículos destinados ao exterior. O projeto de exportações da marca começou em março do ano passado e, em abril deste ano, o volume de 10 mil unidades foi atingido. Ou seja, pouco mais seis meses depois, esse número dobrou. A capacidade da Nissan de abastecer os mercados externos com veículos produzidos no Brasil subiu com a implementação, em julho passado, do segundo turno de produção. Para tanto, foram contratados 600 novos funcionários. Argentina, Bolívia, Chile, Costa Rica, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai recebem hoje os modelos March e Versa fabricados em Resende. O maior comprador é a Argentina, com cerca de 40% do total.