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Energia

- Publicada em 27 de Novembro de 2017 às 17:50

Termelétricas puxam utilização de gás natural

No acumulado em nove meses, o consumo das térmicas cresceu 24,49% frente igual etapa de 2016

No acumulado em nove meses, o consumo das térmicas cresceu 24,49% frente igual etapa de 2016


PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC
A geração termelétrica voltou a impulsionar o consumo de gás natural em setembro, quando a demanda pelo combustível registrou aumento de 19,6% frente ao mesmo mês do ano passado, para 75,3 milhões de metros cúbicos diários. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) e consideram concessionárias em 20 estados. Em relação a agosto, no entanto, o volume de gás usado para geração de energia diminuiu, levando o consumo total a uma queda de 1,5% na comparação mensal.
A geração termelétrica voltou a impulsionar o consumo de gás natural em setembro, quando a demanda pelo combustível registrou aumento de 19,6% frente ao mesmo mês do ano passado, para 75,3 milhões de metros cúbicos diários. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) e consideram concessionárias em 20 estados. Em relação a agosto, no entanto, o volume de gás usado para geração de energia diminuiu, levando o consumo total a uma queda de 1,5% na comparação mensal.
Somente o consumo de gás por parte das termelétricas somou 34,690 milhões de metros cúbicos diários, alta de 72,7% frente a igual período do ano passado, mas 2,4% abaixo do registrado em agosto. Ao longo dos últimos meses, as usinas térmicas têm sido demandadas a operar por conta do fraco volume de chuvas registradas em todo o País e a forte baixa dos reservatórios das hidrelétricas.
No acumulado em nove meses, o consumo das térmicas cresceu 24,49% frente igual etapa de 2016. No entanto, com o início do período úmido, em novembro, a tendência é de que um número menor de usinas seja acionado nestes últimos meses do ano, reduzindo o consumo mensal de gás.
Acompanhando em alguma medida o crescimento do consumo termoelétrico, a cogeração também apresentou crescimento mais forte em setembro, de 11,42% frente ao mesmo mês do ano passado. No acumulado em nove meses, a alta é de 7,88%. Dentre as demais classes de consumo, destaque também para o aumento das vendas de Gás Natural Veicular (GNV), de 8,83%, tendo em vista a melhora da competitividade do insumo em relação a outros combustíveis, em meio à mudança da política de preços da Petrobras.
Já a classe industrial registrou crescimento de 5,3% frente a setembro de 2016 e uma retração de 1,8% ante agosto deste ano. O segmento residencial registrou aumento de 6,98% na comparação anual, mas queda de 2,91% em relação ao mês anterior. Já o comércio segue em ritmo mais lento, com baixa de 4,70% em relação a setembro do ano passado e de 0,18% frente a agosto. O presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, destacou, porém, o crescimento acumulado em 12 meses no setor.

Consumo consolidado em outubro cresce 9%

A Energisa informou que o consumo consolidado de energia elétrica registrado pelo grupo apresentou, em outubro, aumento de 9% em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 2.594,3 Gigawatts/hora (GWh). Considerando o fornecimento não faturado, o volume registrado foi de 2.667,3 GWh, aumento de 6,3% na mesma base de comparação.
As classes residencial e industrial foram as principais responsáveis pelo desempenho no mês. O consumo na residencial avançou 10%, com as variações mais expressivas nas maiores áreas de concessão do Grupo: Energisa Tocantins (ETO, 17,1%), Energisa Sul-Sudeste (ESS, 15,0%), Energisa Mato Grosso do Sul (EMS, 14,3%), Energisa Mato Grosso (EMT, 12,1%), influenciadas pelas elevadas temperaturas.
A classe industrial registrou o maior crescimento do ano, de 8,5%, com destaque na ETO ( 37,8%, favorecida pela indústria cimenteira e do segmento de produtos químicos) e na EMT ( 15,5%, com incremento no consumo de clientes esmagadores de grãos). A classe comercial deu sequência à trajetória de aumentos no consumo desde abril, com avanço de 6,9%.
Entre as concessões destacam-se as da região Centro-Oeste e da região Norte. As vendas na ETO, com aumento de 17,5%, foram puxadas pelas elevadas temperaturas na região. A capital do Tocantins, Palmas, registrou em outubro a temperatura mais quente dos últimos 24 anos, com máximas atingindo 41,3°C, influenciando o consumo das classes residencial ( 17,1%) e comercial ( 6,3%). O consumo da classe rural cresceu 25,3%, dado o prolongamento do período de seca que impulsionou o bombeamento de água e irrigação.
Na EMT, o consumo cativo e livre aumentou 13,0%, o melhor desempenho no ano. Todas as classes apresentaram avanços acima de 5,0%: rural ( 26,9%), industrial ( 15,5%), residencial ( 12,1%) e comercial ( 7,0%) - essas duas últimas, influenciadas pelas temperaturas elevadas, especialmente em Cuiabá.
Na EMS, o consumo cresceu 10,9%, destacando-se as classes residencial ( 14,3%), comercial ( 12,7%), influenciadas por efeitos climáticos, e rural ( 8,3%). O consumo da classe industrial total na EMS cresceu 3,7%. Por outro lado, as distribuidoras do Nordeste (ESE, EPB e EBO) apresentaram leve aumento de 0,7% no consumo em outubro, ainda sob a influência das intensas chuvas que têm ocorrido na região nos últimos meses.

Fonte solar fotovoltaica é diferencial competitivo de empresas

Nos últimos anos, o meio ambiente contribuiu para agravar o panorama econômico com a falta de chuva em quase todo o Brasil. O aspecto climático impactou fortemente a vida econômica das empresas, que dependem 100% da energia elétrica. Para agravar o panorama, por determinação do governo, a conta de luz veio acrescida de uma taxa extra para o consumidor, acarretando em aumento de gastos no final do mês, sacrificando ou, em alguns casos, destruindo as margens de contribuição e lucro das companhias. A geração de energia alternativa tornou-se uma saída viável, e a energia fotovoltaica veio como uma solução para tirar muita empresas do vermelho.
Essa alternativa, que tem sido adotada por empresas de todos os portes, carrega benefícios e incentivos governamentais para obtenção de crédito. Isso, sem considerar os impactos positivos na imagem da empresa, pela adoção de energias renováveis, o que contribui para a sustentabilidade e preservação do meio ambiente. Uma grande construtora de Belo Horizonte, que faz obras residenciais de empreendimentos voltados a classes B e C, começou a implantar a energia solar fotovoltaica nas futuras construções.
O diretor comercial da empresa de Engenharia para Minas Gerais, Bahia, Sergipe e Alagoas, Yuri Chain, explica que a energia fotovoltaica é um projeto inovador, que terá R$ 800 milhões de investimento da empresa nos próximos cinco anos. "Todos os nossos empreendimentos vão ser abastecidos com energia solar tanto no imóvel como no condomínio", diz Chain.
Essa iniciativa vai refletir diretamente no bolso do cliente que compra um imóvel da construtora. Segundo Chain, o apartamento será autossuficiente na geração de energia, então o cliente deixa de pagar a conta de luz. "Em alguns casos, de acordo com nossos estudos, as pessoas vão até receber um crédito, porque o condomínio vai poder vender energia para a rede, então a pessoa vai ficar com um crédito e, talvez, possa até monetizar esse crédito", explica.
Esse cenário atraiu para o Brasil, rico em insolação em grande parte seu território, empresas fotovoltaicas internacionais especializadas em exploração de usinas de energia limpa. Entre os novos players que estão investindo pesado no Brasil está a italiana Enerray do Brasil, líder em montagem de usinas fotovoltaicas.