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Petróleo

- Publicada em 01 de Novembro de 2017 às 18:09

Arrecadação futura com leilão pode chegar R$ 600 bilhões em 30 anos

Rodada comemorada pelo ministro Coelho Filho (c) deve superar os R$ 400 bi da previsão inicial da ANP

Rodada comemorada pelo ministro Coelho Filho (c) deve superar os R$ 400 bi da previsão inicial da ANP


/MAURO PIMENTEL /AFP/JC
As duas rodadas do pré-sal das bacias de Santos e Campos, realizadas na semana passada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), poderão proporcionar à União, aos estados e municípios arrecadação em torno de R$ 600 bilhões pelas próximas três décadas, superando em cerca de R$ 200 bilhões os valores inicialmente estimadas pela agência.
As duas rodadas do pré-sal das bacias de Santos e Campos, realizadas na semana passada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), poderão proporcionar à União, aos estados e municípios arrecadação em torno de R$ 600 bilhões pelas próximas três décadas, superando em cerca de R$ 200 bilhões os valores inicialmente estimadas pela agência.
A informação foi dada pelo diretor-geral da ANP, Décio Oddone, ao participar da 13ª International Conference Brazil Energy and Power 2017, no auditório da Fundação Getulio Vargas, em Botafogo, na zona Sul do Rio de Janeiro, na semana passada.
Oddone disse que a agência precisou recalcular os valores inicialmente estimados de arrecadação para o governo porque percentuais relativos ao óleo lucro ofertado pelas petrolíferas na 2ª e 3ª rodadas de blocos no polígono do pré-sal terem superaram muito as projeções iniciais da ANP.
"Houve casos em que o ágio oferecido (sob a forma de óleo lucro) ao governo chegou a mais de 200%. Aí, nós tivemos que recalcular as nossas estimativas inciais. E elas indicavam que a União, estados e municípios receberiam ao longo de mais de 30 anos de contrato cerca de R$ 400 bilhões em royalties, participação especiais, tributos e óleo lucro."
Mas, com o ágio obtido, o diretor-geral da ANP diz que foi necessário recalcular o valor. "A nova previsão indica que a arrecadação total ao longo das próximas três décadas posteriores ao início da produção pode chegar a R$ 600 milhões", afirmou. Oddone disse também que a ANP reguladora nunca duvidou do sucesso das duas rodadas, embora alguns tenham duvidado.
"Eu nunca tive dúvida sobre o êxito do leilão, mas tinha gente que tinha, porque só olhava para o bônus de assinatura, e aí dizia que a arrecadação tinha sido menor do que a esperada. E a arrecadação total, ao longo dos próximos 30 anos, será avassaladoramente superior as nossas previsões iniciais."
Oddone explicou o fato de que as estimativas ainda levam em conta premissas relativas aos riscos inerentes às atividades de exploração e produção de petróleo. "Nós pedimos para o pessoal da ANP recalcular (os valores) a partir das alíquotas (o percentual do óleo) ofertadas pelas empresas no leilão usando as mesmas premissas utilizadas antes. E é claro que nada garante que isso vá se concretizar, pois trata-se de uma atividade de risco, e ninguém sabe se o petróleo estimado vai ser encontrado."
O diretor-geral destacou, no entanto, que foram mantidas as condições estimadas anteriormente, com as novas alíquotas ofertadas nos dois leilões, e o resultado foi R$ 200 bilhões superior. E, no novo cálculo, dá uma média aí de R$ 7 bilhões por ano. Você bota aí cinco a sete anos para começar a produção. Então, essa será a arrecadação pelas próximas três décadas", concluiu.
Em entrevista após participar da sessão do 13º Brazil Energy and Power, Oddone adiantou que a ANP deverá divulgar nos próximos dias o volume de óleo existente na cessão onerosa - área envolvida no contrato da União com a Petrobras para a exploração de 5 bilhões de barris de óleo equivalente sem licitação na área do pré-sal por ocasião da capitalização da companhia, em 2010.
Na ocasião, o governo federal repassou 5 bilhões de barris de petróleo para a Petrobras sob o sistema, no qual a estatal pagou antecipadamente pela reserva e, após declarar o projeto comercialmente viável, começou a discutir o real valor do reservatório.
A ANP contratou uma empresa certificadora para atestar o tamanho da área que, hoje, sabe-se ser superior ao volume envolvido no acordo do governo com a estatal. Oddone não quis adiantar o volume apurado na área, mas admitiu que uma das possibilidade será a de o governo leiloar o volume excedente aos 5 bilhões de barris.
"Vamos divulgar proximamente a estimativa que a ANP tem (em relação ao volume total do óleo existente na cessão onerosa) e que foi revisada pelo empresa de consultoria que contratamos para avaliar a real quantidade de petróleo existente na área da cessão onerosa", informou Oddone. Ele não quis antecipar o volume de óleo existente, segundo a nova estimativa. "Eu não vou antecipar volume, mas, quanto ao excedente, se vai ser leiloado, ou não, é uma decisão da União", afirmou.
 

Pré-sal sobe 6,6% e atinge 49,8% da produção do total do País

Cidade de Itaguaí teve a maior extração com 188,4 mil barrias diários

Cidade de Itaguaí teve a maior extração com 188,4 mil barrias diários


/AG/DIVULGAÇÃO/JC
A produção total do pré-sal fechou o mês de setembro somando aproximadamente 1,677 milhão de barris de óleo equivalente por dia (petróleo e gás natural). O volume representa um crescimento de 6,6% em relação ao mês anterior e já corresponde a 49,8% de todo o óleo equivalente produzido no País.
Os dados foram divulgados na semana passada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A produção se deu a partir de 82 poços, atingindo 1,351 milhão de barris de petróleo e 52 milhões de metros cúbicos diários de gás natural por dia.
Em setembro, foram produzidos no total aproximadamente 3,270 milhões de barris de petróleo e gás natural por dia. A produção de petróleo atingiu 2,653 milhões de barris por dia (bbl/d), volume 3% superior à produção de agosto, mas 0,7% inferior a de setembro do ano passado. Já a produção de gás natural totalizou 114 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), um aumento de 1,9% em relação ao mês anterior e de 3,2% em relação a setembro de 2016.
Os dados divulgados pela ANP indicam uma retração no aproveitamento do gás natural produzido nos campos nacionais, que em setembro alcançou 97% do volume total da produção. Com isso, a queima de gás totalizou 3,4 milhões de m3/d, uma redução de 0,4% se comparada ao mês anterior e de 5,7% em relação ao mesmo mês de 2016.
O campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos, continua sendo o de maior produção de petróleo e gás natural do País. Em setembro, foram em média, 799 mil barris diários de petróleo e 33,2 milhões de milhões de metros cúbicos de gás natural.
Os campos marítimos responderam, em setembro, por 95,3% de todo o petróleo produzidos nos campos nacionais e por 79,3% do gás natural. A produção total se deu a partir de 8.115 poços, sendo 725 marítimos e 7.390 terrestres. Sozinha, a Petrobras respondeu por 93,8% de todo o petróleo equivalente produzido nos campos nacionais, com destaque para o campo de Marlim Sul, na Bacia de Santos, com seus 92 poços produtores; enquanto em terra o destaque ficou com o campo de Estreito, na Bacia Potiguar, com seus 1.091 poços.
Individualmente, o destaque na produção ficou com a FPSO Cidade de Itaguaí (plataforma flutuante de produção, armazenamento e escoamento de petróleo e gás natural) em operação há dois anos. Por meio dos 6 poços a ela interligados, a FPSO produziu 188,4 mil barris de óleo equivalente por dia.