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Política

- Publicada em 09 de Novembro de 2017 às 22:38

Bancada gaúcha gasta R$ 830 mil com escritórios

Lívia Araújo
De janeiro a maio de 2017, os deputados federais gaúchos gastaram um total de R$ 827.604,92 com reembolsos de despesas relacionadas à "manutenção de escritório de apoio à atividade parlamentar". Trocando em miúdos, são os gastos dos escritórios regionais dos deputados gaúchos. Esse montante é o terceiro maior entre as categorias em que há mais gastos registrados pelos parlamentares no período, atrás somente de "passagens aéreas" - R$ 1.608.783,79 - e "divulgação da atividade parlamentar" - com gastos de R$ 913.589,54.
De janeiro a maio de 2017, os deputados federais gaúchos gastaram um total de R$ 827.604,92 com reembolsos de despesas relacionadas à "manutenção de escritório de apoio à atividade parlamentar". Trocando em miúdos, são os gastos dos escritórios regionais dos deputados gaúchos. Esse montante é o terceiro maior entre as categorias em que há mais gastos registrados pelos parlamentares no período, atrás somente de "passagens aéreas" - R$ 1.608.783,79 - e "divulgação da atividade parlamentar" - com gastos de R$ 913.589,54.
A maior parte das despesas ressarcidas do montante de R$ 40.875,90 que cada parlamentar gaúcho dispõe de verba indenizatória é relacionada a imóveis alugados - condomínio, IPTU, energia, água, telefone - que são gastos regulares, além de valores esporádicos gastos com material de escritório e informática, ou reparos e assistência técnica. No período, cada deputado dispendeu mensalmente, em média, R$ 26,7 mil.
O deputado que possui o maior volume de gastos cadastrados na rubrica é Alceu Moreira (PMDB), que teve ressarcidos R$ 56.561,72 dos dois escritórios que possui fora de Brasília: um em Porto Alegre, e outro em Osório - ambos os imóveis são alugados.
O menor volume de gastos pertence ao deputado Luis Carlos Heinze (PP), que, de janeiro a maio, teve ressarcidos R$ 8.441,85. O parlamentar possui um escritório político em São Borja, que fica localizado em um imóvel que pertence a sua esposa, segundo a assessoria de imprensa do deputado. Portanto não consta pagamento de aluguel da casa entre as notas fornecidas para o reembolso.
Entre os parlamentares que têm gastos com aluguel, o menor montante é de Cajar Nardes (PR), que tem escritório no Centro Histórico de Porto Alegre: R$ 15.570,29 gastos nos primeiros cinco meses do ano.
Quatro deputados federais gaúchos não têm escritórios políticos no Rio Grande do Sul - ou ao menos não constam recibos de aluguel cadastrados na rubrica. A assessoria de imprensa de Darcísio Perondi (PMDB) diz que o deputado tem uma assessora que vive em Ijuí e trabalha em regime de home-office. No entanto o deputado possui uma despesa de R$ 2.255,09 inserida erroneamente na rubrica. Tratam-se de despesas de assinatura de jornais e materiais de escritório referentes ao gabinete em Brasília; Assis Melo (PCdoB) possui despesas de R$ 1.766,39 em materiais de escritório adquiridos para o gabinete na Câmara dos Deputados. Até o fechamento desta edição, não houve retorno da assessoria de imprensa do parlamentar para informar se o mesmo possui escritório em Caxias do Sul, sua cidade de origem; José Otávio Germano (PP) tem um total de R$ 6.247,00 pago a uma gráfica, também originária do gabinete em Brasília. A assessoria de imprensa informou que o deputado não possui mais escritório político no Estado, mas ainda não precisou quando o local foi fechado; por fim, Sérgio Moraes (PTB) tem um gasto de R$ 74,40 em material de escritório, feito em Brasília. A reportagem não conseguiu contato nem com o deputado, nem com o gabinete na capital federal.
Cada um dos 513 deputados federais dispõe, mensalmente, de uma cota parlamentar variável por Estado. No caso do Rio Grande do Sul, o valor total por mês, por deputado, é de R$ 40.875,90. O parlamentar envia a nota fiscal da despesa para a Câmara e recebe o reembolso.
Esse valor não faz parte do salário dos deputados federais, que é atualmente de R$ 33.763,00, sem contar o auxílio-moradia, de R$ 4.253,00, para aqueles que não ocupam apartamento funcional.
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