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Política

- Publicada em 30 de Outubro de 2017 às 20:20

Justiça proíbe show de Caetano Veloso para sem-teto

Uma decisão judicial proibiu a realização do show de Caetano Veloso programado para as 19h de ontem no acampamento do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
Uma decisão judicial proibiu a realização do show de Caetano Veloso programado para as 19h de ontem no acampamento do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
O show prestaria apoio à luta por moradia das 6,5 mil famílias que estão no local e à marcha que o grupo deve realizar hoje rumo ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. A ação civil pública que ensejou a proibição alegava questões de segurança mas argumentava também que a ocupação já tinha liminar de reintegração de posse confirmada.
"Não sei dizer se foi censura, não sou um técnico. Mas dá a impressão de que não é um ambiente propriamente democrático", disse Caetano. "Pode ser um modo de reprimir uma ação que seria legítima", questionou.
O músico afirmou que esta foi a primeira vez que ele se viu impedido de cantar desde a redemocratização. "E, mais do que nunca, é preciso cantar porque há muitas dificuldades", completou, antes de recitar os versos da canção "Gente", que pretendia cantar no palco e dedicou aos sem-teto.
O líder do movimento, Guilherme Boulos, classificou a liminar como um "ato de censura" e de "falta de democracia". "Alegar questão de segurança é uma excrescência. Fazemos assembleias diárias com o mesmo número de pessoas", afirmou à reportagem.
Com a impossibilidade de realizar o show, a organização do movimento e os artistas fizeram um ato político. Subiram em um pequeno palco Caetano Veloso e Paula Lavigne, sua companheira e empresária, as atrizes Sônia Braga, Aline Moraes e Letícia Sabatella e os rappers Criolo e Emicida.
A liminar assinada pela juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública, foi motivada por uma ação civil pública apresentada pelo Ministério Público estadual pedindo a interdição do show sob pena de multa de R$ 500 mil.
O MP pediu "tutela de urgência" para impedir a realização do show, alegando ausência de estrutura mínima do evento, que prometia atrair milhares de pessoas.
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