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Política

- Publicada em 25 de Outubro de 2017 às 17:32

Justiça Federal investiga 'sumiço misterioso' de pastas com arquivos

Um mistério ronda a 7ª Vara Federal Criminal do Rio, comandada pelo juiz Marcelo Bretas, onde tramitam os processos do braço fluminense da Lava Jato: o sumiço de duas pastas com arquivos sobre as operações do escândalo no Rio. O caso está sendo investigado pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). Os documentos fazem parte de ações antigas e em andamento.
Um mistério ronda a 7ª Vara Federal Criminal do Rio, comandada pelo juiz Marcelo Bretas, onde tramitam os processos do braço fluminense da Lava Jato: o sumiço de duas pastas com arquivos sobre as operações do escândalo no Rio. O caso está sendo investigado pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). Os documentos fazem parte de ações antigas e em andamento.
O pedido para a apuração do sumiço dos arquivos foi feito pela vara para um órgão chamado Diretoria do Foro (Dirfo), que, por sua vez, encaminhou ao setor de tecnologia do TRF, a quem caberá apontar se o que ocorreu foi um ataque cibernético ou se foi algum erro no sistema. O Globo apurou que o problema aconteceu há cerca de um mês e foi o primeiro do tipo na 7ª Vara Federal Criminal do Rio, que conta com uma estrutura para evitar ataques de hackers e com varreduras para evitar grampos. Alguns documentos que estavam no sistema são sigilosos. A preocupação com segurança não se restringe apenas à área de informática. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região também aprovou, há alguns meses, escolta para Bretas depois que estiveram em busca de informações sobre a rotina dele na cantina do prédio onde fica o gabinete do magistrado. Desde então, o juiz tem sido acompanhado por seguranças.
A estrutura da 7ª Vara Federal Criminal do Rio tem sido melhorada para dar conta do trabalho com os processos da Operação Lava Jato. A Vara recebeu funcionários cedidos por outros setores, praticamente dobrando o número de servidores no gabinete. Outra medida que ajuda a dar celeridade aos processos é a suspensão da distribuição de todas as ações que não sejam as da Lava Jato para 7ª Vara. Em resumo, Bretas tem dedicação exclusiva à Lava Jato, acumulando o trabalho com os processos que já tramitavam lá antes.
Na 7ª Vara Federal Criminal do Rio, tramitam os casos relativos aos pagamentos de propina a agentes políticos do Estado, sendo o mais notório deles o ex-governador Sérgio Cabral. É lá que tramitam 15 dos 16 processos da Lava Jato contra o peemedebista. Também correm na 7ª Vara as ações penais em que ex-secretários da gestão Cabral, empresários como Eike Batista e Fernando Cavendish, acusados de pagar propina ao ex-governador, e ex-diretores da Eletronuclear são réus.
O juiz Marcelo Bretas passou a receber os processos da Lava Jato depois que, em outubro de 2015, o Supremo Tribunal Federal determinou a remessa para o Rio de Janeiro de denúncia apresentada pela força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba que apontou irregularidades em contratos para a construção da usina nuclear de Angra 3.
 
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