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Câmara dos Deputados

- Publicada em 24 de Outubro de 2017 às 17:27

Governo tenta mobilizar deputados da base para comparecer à sessão

Ciente do movimento da oposição para tentar barrar a votação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB), lideranças governistas na Câmara dos Deputados tentam mobilizar os parlamentares da base aliada para que compareçam à sessão e marquem presença, mesmo os que vão votar contra o presidente.
Ciente do movimento da oposição para tentar barrar a votação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB), lideranças governistas na Câmara dos Deputados tentam mobilizar os parlamentares da base aliada para que compareçam à sessão e marquem presença, mesmo os que vão votar contra o presidente.
"Vamos monitorar a chegada dos deputados a Brasília para garantir que a sessão ocorra. Precisamos até mesmo que aqueles que vão votar contra registrem presença", disse o líder do governo no Congresso Nacional, deputado André Moura (PSC-SE).
A oposição também anunciou, ontem, que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), liberou parte das galerias do plenário para que manifestantes favoráveis à saída de Temer acompanhem a votação da denúncia.
Segundo o líder do PSB, Júlio Delgado (MG), a galeria será dividida em três espaços: um para imprensa, um para militantes contra Temer e outro para militância favorável ao presidente.
A tendência é que na segunda denúncia a margem de vitória do governo seja mais apertada. Após a votação da primeira denúncia, Temer fez questão de ressaltar que venceu com folga, com votos acima do mínimo necessário, que era de 172 apoios.
E afirmou, na ocasião, que, superada a denúncia, era hora de seguir com as "ações necessárias" para o País, referindo-se às reformas - o que não se concretizou, já que o governo voltou a ficar paralisado diante de uma segunda denúncia.

'Em política não tem amiguinho', diz Rodrigo Maia sobre relação com Temer

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), bem que tentou dar ares de normalidade à sua relação com Michel Temer (PMDB) ontem, véspera da votação da segunda denúncia contra o presidente da República.
Mas o discurso de paz não resistiu a uma provocação. Pouco depois de voltar do Palácio do Planalto, onde reuniu-se com Temer, Maia sentou-se para conversar com um grupo de jornalistas no cafezinho anexo ao plenário da Câmara.
Questionado se a relação com Temer estava totalmente pacificada e se agora eram "amiguinhos para sempre", Maia reagiu: "Em política não tem amiguinho, muito menos para sempre."
Os atritos entre Maia e Temer se intensificaram quando o PMDB passou a assediar parlamentares do PSB que negociavam migração para o DEM, partido de Maia.
O presidente da Câmara disse não ter se incomodado com a ação do presidente do PMDB, senador Romero Jucá, mas com a presença dos ministros peemedebistas Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil) na filiação do senador Fernando Bezerra Coelho (PE). "O Palácio não podia ter participado disso", afirmou Maia.
Quando indagado sobre como seria o dia seguinte à votação da denúncia contra Temer, Maia disse ser melhor esperar. "Amanhã (quarta-feira) falo sobre agenda", disse o deputado.
Mesmo a ala mais otimista da base admite que Temer pode ter uma vitória mais apertada, já que calculam entre 260 e 270 votos a favor do presidente.