Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 17 de Outubro de 2017 às 18:48

'Nada atrapalha' governo, diz Temer sobre denúncia

Michel Temer elogiou o relatório que recomendou a rejeição das acusações.

Michel Temer elogiou o relatório que recomendou a rejeição das acusações.


JOSÉ CRUZ/ABR/JC
O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou que "nada atrapalha" seu governo no processo de votação da denúncia apresentada contra ele e seus ministros, por organização criminosa e obstrução da Justiça.
O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou que "nada atrapalha" seu governo no processo de votação da denúncia apresentada contra ele e seus ministros, por organização criminosa e obstrução da Justiça.
A declaração foi uma resposta a um questionamento sobre o impacto da divulgação dos vídeos dos depoimentos do corretor Lúcio Funaro, cuja delação premiada implica o presidente e vários de seus aliados no PMDB.
Temer fez a afirmação na saída de um almoço na casa do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), em Brasília, ontem. O compromisso não estava previsto em sua agenda oficial.
Durante o encontro, o presidente disse estar tranquilo com a votação da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e elogiou o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que recomendou a rejeição das acusações.
O Palácio do Planalto projeta vitória na comissão, com um placar de 39 a 41 votos a favor do presidente e dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), e da Secretaria-Geral, Moreira Franco (PMDB). Na primeira denúncia contra Temer, por corrupção passiva, o governo conseguiu aprovar na CCJ um parecer favorável à rejeição das acusações, por 40 votos a 25.
Participaram do almoço, em que foi servida uma galinhada, o ministro Moreira Franco, os deputados Benito Gama (PTB-BA), Alexandre Baldy (Podemos-GO) e Danilo Forte (PSB-CE), e o senador Elmano Ferrer (PMDB-PI).
O anfitrião do encontro negou que a denúncia e a crise política tenham sido discutidas na conversa. "Aqui é proibido falar de crise, falar de coisa ruim. É minha regra", declarou Heráclito Fortes.
O deputado, porém, admitiu que o presidente estava tranquilo em relação à votação denúncia. "Prova disso é que ele veio e não ficou com pressa de ir embora."
Para conquistar votos de parlamentares e barrar a denúncia, Temer encaminhou, na segunda-feira, aos gabinetes dos deputados aliados uma carta em que se diz "indignado" com o que chama de "conspiração" para tirá-lo do cargo. "Jamais poderia acreditar que houvesse uma conspiração para me derrubar da presidência da República. Mas os fatos me convenceram. E são incontestáveis", afirma na carta.
O presidente desqualifica as delações premiadas de ambos, homologadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e diz que as colaborações têm o intuito apenas de atingi-lo.
Aos parlamentares, que votarão seu destino político nos próximos dias, o presidente diz que está defendendo sua honra e que Janot queria impedir que ele nomeasse um novo titular para a Procuradoria-Geral da República e "ser ou indicar" o novo candidato à presidência, na disputa que se dará no ano que vem.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO