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- Publicada em 15 de Outubro de 2017 às 20:00

Funaro diz ter repassado R$ 1 milhão a Cunha para impeachment de Dilma

Em um dos depoimentos de sua delação premiada, Lúcio Funaro contou que repassou R$ 1 milhão para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) comprar votos de deputados no processo do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo Funaro, apontado como operador de políticos do PMDB em esquemas de corrupção, Cunha queria assegurar o afastamento de Dilma.
Em um dos depoimentos de sua delação premiada, Lúcio Funaro contou que repassou R$ 1 milhão para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) comprar votos de deputados no processo do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo Funaro, apontado como operador de políticos do PMDB em esquemas de corrupção, Cunha queria assegurar o afastamento de Dilma.
O plenário da Câmara autorizou a instauração do processo de impeachment em 17 de agosto de 2016, com voto favorável de 367 deputados, entre eles o próprio Cunha, adversário da ex-presidente. Era necessário o apoio de pelo menos 342 dos 513 que compõem a Câmara. Em maio, o Senado confirmou a decisão e afastou Dilma, inicialmente, por 180 dias, até a conclusão do processo.
"Quando foi aprovar no plenário, ele (Cunha) achava que já estava ganho, mas queria garantir de qualquer jeito que ela seria afastada esses 180 dias", contou Funaro. Os vídeos da delação de Funaro foram enviados à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, onde está o processo em que o presidente Michel Temer (PMDB) foi denunciado por organização criminosa e obstrução de Justiça.

Moreira Franco diz que delação de Funaro foi 'encomenda remunerada' de Janot

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco (PMDB), utilizou sua conta no Twitter neste domingo para criticar a delação premiada do operador financeiro Lúcio Funaro e desqualificar o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Na rede social, Franco diz que a delação é "uma encomenda remunerada", após o naufrágio da primeira denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB).

"Como o objetivo da dupla Joesley e Janot era derrubar Michel Temer, após a derrota na primeira denúncia, só um fato novo justifica a segunda flecha", afirmou Moreira Franco pelo Twitter, em referência à segunda denúncia da PGR contra o presidente da República, ainda sobre o comando de Janot. "Seria um delivery de matéria-prima: Janot pedia e Joesley pagava", acrescentou o ministro, ao citar as denúncias realizadas em delação premiada pelo dono do grupo J&F, Joesley Batista, preso desde o mês passado.

Moreira Franco foi citado pelo doleiro, ao lado do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), como receptor de dinheiro para facilitar a liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ainda de acordo com Funaro, apontado como o operador de propina do PMDB, diversas operações envolvendo o Fundo de investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) renderam vantagens indevidas a ele e a políticos peemedebistas.