Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

CRISE NO PLANALTO

- Publicada em 04 de Outubro de 2017 às 22:03

Para advogado de Temer, denúncia é tentativa de golpe

Presidente da CCJ, Pacheco recebe o documento de Eduardo Carnelós

Presidente da CCJ, Pacheco recebe o documento de Eduardo Carnelós


/WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL/JC
O advogado Eduardo Carnelós entregou ontem ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (PMDB-RJ), a defesa do presidente Michel Temer (PMDB) e disse que "ainda bem" que não está mais à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) alguém que queira depor o presidente. Para ele, houve uma tentativa de "golpe" no Brasil.
O advogado Eduardo Carnelós entregou ontem ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (PMDB-RJ), a defesa do presidente Michel Temer (PMDB) e disse que "ainda bem" que não está mais à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) alguém que queira depor o presidente. Para ele, houve uma tentativa de "golpe" no Brasil.
"Nós só temos a dizer que ainda bem que esse tempo passou. Ainda bem que agora já não há mais, à frente do Ministério Público Federal, quem esteja disposto a depor o presidente da República contra a norma constitucional, contra o ordenamento jurídico", afirmou o advogado após entregar a defesa de Temer na CCJ.
Questionado se estava insinuando que a atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, era "chapa-branca", ele ignorou as perguntas e entrou no carro cercado por seguranças.
Carnelós fez uma série de críticas ao ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, responsável pelas duas denúncias apresentadas contra Michel Temer. Falou em "indecência dos métodos" e desqualificou a segunda denúncia, que aponta que Temer cometeu crime de organização criminosa e obstrução de Justiça.
"A denúncia apresentada contra o presidente da República é uma das mais absurdas acusações de que se tem notícia na história do Brasil", afirmou o advogado.
Para ele, a denúncia é uma "peça absolutamente armada, baseada em provas forjadas, feita com o objetivo claro e até indisfarçado de depor o presidente da República, constituindo, portanto, uma tentativa de golpe no Brasil".
"A denúncia não traz nenhuma prova daquilo que alega e alega de forma inepta. Pior do que isso, imputa ao presidente fatos que precedem o exercício do mandato da Presidência", afirmou. Também argumenta que a denúncia é amparada apenas na palavra de delatores "que fizeram um grande negócio".
 

Defesa compara ex-procurador-geral Rodrigo Janot a 'pistoleiro' de conduta 'imoral e ilegal'

Em defesa enviada nesta quarta-feira à Câmara dos Deputados, os advogados do presidente Michel Temer subiram o tom no ataque ao ex-procurador-geral Rodrigo Janot e o chamaram de "antiético, imoral, indecente e ilegal".
"À maneira do pistoleiro que, contratado para matar alguém, não aceita a rescisão do trato pelo mandante, porque 'já garrou raiva' da vítima, o ex-chefe do Ministério Público Federal agiu novamente com pressa, premiou outro delator [o operador Lúcio Funaro] e lançou nova flecha, cujo primeiro alvo foi a língua portuguesa, seguida pelo direito e pelos próprios denunciados", escreveu a defesa do peemedebista.
A peça, de 89 páginas, rebate a segunda denúncia apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal) por Janot, que acusou Temer de chefiar organização criminosa e obstruir a Justiça.
Também foram denunciados, sob acusação de integrar a organização criminosa liderada por Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) e os ex-deputados Eduardo Cunha (RJ), Henrique Alves (RN), Geddel Vieira Lima (BA) e Rodrigo Rocha Loures (PR), todos do PMDB.