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Opinião

- Publicada em 16 de Outubro de 2017 às 15:38

A humanidade está doente

Entre as diversas mensagens de consternação pelo ocorrido em Jarnaúba (MG), assassinato de crianças, que acompanhei pela internet, uma frase me chamou atenção. "A humanidade está doente", afirmava uma amiga ao compartilhar a reportagem de um jornal paulista sobre o ocorrido. O fato é que a frase me tocou profundamente. Embora a sentença não traga nenhuma novidade, a reflexão gerada foi no mínimo inquietante. Refletir sobre o estágio em que se encontra a nossa sociedade, os fatos que se sucedem sem explicações, sem avisos e sem piedade. Pensar sobre o descontrole social e sobre nós mesmos. Tudo isso me causa uma estranheza pois me alerta para algo que todos sabemos, mas ignoramos dia pós dia: o inimigo do homem é ele mesmo.
Entre as diversas mensagens de consternação pelo ocorrido em Jarnaúba (MG), assassinato de crianças, que acompanhei pela internet, uma frase me chamou atenção. "A humanidade está doente", afirmava uma amiga ao compartilhar a reportagem de um jornal paulista sobre o ocorrido. O fato é que a frase me tocou profundamente. Embora a sentença não traga nenhuma novidade, a reflexão gerada foi no mínimo inquietante. Refletir sobre o estágio em que se encontra a nossa sociedade, os fatos que se sucedem sem explicações, sem avisos e sem piedade. Pensar sobre o descontrole social e sobre nós mesmos. Tudo isso me causa uma estranheza pois me alerta para algo que todos sabemos, mas ignoramos dia pós dia: o inimigo do homem é ele mesmo.
Diariamente assistimos à barbárie. Calados. E, quando não calados - perdoem-me pela expressão -, arrotando conceitos, teorias utópicas para apontar razões e culpados que sempre, em qualquer hipótese, são os outros, e não eu. As catástrofes ambientais, os problemas no trabalho, na família, os estresses diários, o caos na segurança, na política, todos, exatamente todos são gerados pela influência de um outro. E esse outro, é claro, não sou eu! Entender a sociedade é entender cada homem como partícula desse aglomerado de sentimentos, angústias, hábitos e valores. A vida do outro, o trabalho do outro, os problemas do outro, o outro em si são partes de um conjunto do qual eu também faço parte. A prova disso?
Mesmo que geograficamente, socialmente e culturalmente distantes, não houve neste País quem não se sentiu tocado pela dor dos pais e mães que perderam seus filhos, seus anjos, no interior de Minas Gerais. Precisamos deixar de olhar para o outro exclusivamente em situações catastróficas. O outro e o nós somos parte de um mesmo, e a cura dessa 'doença', citada por minha amiga e que muito já me fez pensar, está em nós. A humanidade está doente.
O tempo, a correria do dia a dia, as injustiças, a insegurança são como paredes de concreto que nos impossibilitam de olhar para o lado e enxergar que o outro existe. Não há palavras que descrevam ou que confortem os que sofrem em Jarnaúba, mas e ao seu lado? E no seu caminho corrido para o trabalho? Dentro da sua escola ou faculdade? Dentro da sua própria casa? Olhar para o outro não é uma tarefa fácil, mas está no outro o reflexo de quem você de fato é. A cura de alguém pode ser você. A cura da humanidade só pode ser a gente.
Deputado estadual (PSD)
 
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