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Opinião

- Publicada em 02 de Outubro de 2017 às 16:17

Integridade e ética na gestão esportiva

Orçamentos robustos, patrocinadores, financiadores e parceiros nos setores público e privado, inserção esportiva e relações comerciais em todo o mundo, milhares de sócios e milhões de torcedores tornam a administração de um grande clube uma das tarefas mais complexas de uma Gestão Corporativa.
Orçamentos robustos, patrocinadores, financiadores e parceiros nos setores público e privado, inserção esportiva e relações comerciais em todo o mundo, milhares de sócios e milhões de torcedores tornam a administração de um grande clube uma das tarefas mais complexas de uma Gestão Corporativa.
Soma-se a este cenário uma exigência cada vez maior da sociedade em saber como são tomadas as decisões, qual a situação financeira da instituição e o seu planejamento estratégico.
Neste contexto, ganha força no Brasil a aplicação de programas de integridade na gestão esportiva. Depois de casos de corrupção nos esportes mais populares do País, como futebol, voleibol, natação e basquete, o desafio é conciliar as tarefas diárias das direções com a necessidade de tornar clubes, associações e federações em entidades mais limpas e transparentes.
O Compliance no esporte já é realidade nos países mais desenvolvidos. O caso mais conhecido é o do Barcelona Futebol Clube. É importante destacar que no Brasil a adoção destas medidas está prevista em normas que abrangem o esporte: a Lei Anticorrupção (12.846/13) prevê que organizações esportivas estão no rol de entidades que devem ter programas de integridade; a Lei do Profut (13.155/15) reforça a necessidade, visto que prevê regras específicas de integridade e a responsabilização solidária dos dirigentes; e a RDP (resolução da presidência) 01/2017 da CBF, atendendo as normas da Fifa e da Conmebol, impõe novas exigências no Regulamento de Licença de Clubes e estabelece critérios de gestão financeira e transparência obrigatórios para a disputa das competições a partir de 2018.
Uma instituição que adota um Programa de Compliance efetivo e qualificado também está protegida de eventuais casos de violência, homofobia e racismo praticado por seus torcedores ou colaboradores, já que está permanentemente promovendo a Cultura da Ética, incentivando todos a se integrarem neste movimento. Adotando medidas efetivas, os casos isolados de desvios na gestão ou na conduta de funcionários, atletas ou associados poderão ser rapidamente superados e mitigados.
Ética, respeito, tolerância e transparência, cada vez mais, serão valores que consolidarão uma nova imagem dos clubes brasileiros. E o esporte, que move paixões e multidões, estará na vanguarda de aplicação conceitos atualizados de gestão no Brasil.
Ex-secretário estadual de Infraestrutura
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