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Opinião

- Publicada em 02 de Outubro de 2017 às 15:46

Sob o império da retórica no Estado

Há uma contradição omitida pelos editoriais de apoio a Sartori. Como um governo passa 21 meses atrasando salários e às vésperas da eleição propõe indenização aos servidores? Das duas uma: ou há dinheiro e a opção pelo parcelamento é ideológica e não financeira, como mostram números da Secretaria da Fazenda, ou, de fato, não há dinheiro e Sartori faz proselitismo para atenuar o impacto do parcelamento de salários. O governo do PMDB vai se notabilizar pela retórica e anúncios vazios. Assumiu com afirmações lacônicas, sobre fazer o que era preciso, mas a 15 meses de acabar sua gestão, não mexeu um milímetro nas questões estruturais do Estado. Cancelou nomeações na segurança pública, que em seu governo chegou ao menor efetivo em 35 anos, e anunciou o maior concurso público da história para a área. Até agora nem o edital foi publicado.
Há uma contradição omitida pelos editoriais de apoio a Sartori. Como um governo passa 21 meses atrasando salários e às vésperas da eleição propõe indenização aos servidores? Das duas uma: ou há dinheiro e a opção pelo parcelamento é ideológica e não financeira, como mostram números da Secretaria da Fazenda, ou, de fato, não há dinheiro e Sartori faz proselitismo para atenuar o impacto do parcelamento de salários. O governo do PMDB vai se notabilizar pela retórica e anúncios vazios. Assumiu com afirmações lacônicas, sobre fazer o que era preciso, mas a 15 meses de acabar sua gestão, não mexeu um milímetro nas questões estruturais do Estado. Cancelou nomeações na segurança pública, que em seu governo chegou ao menor efetivo em 35 anos, e anunciou o maior concurso público da história para a área. Até agora nem o edital foi publicado.
Culpa o passado, a crise econômica e a oposição, minoria na Assembleia Legislativa, enquanto sua própria base, que é maioria, reclama da má qualidade dos projetos e da falta de diálogo. Pudera, é um governo que combate a inteligência e o conhecimento científico, extinguindo fundações de pesquisa com mais de 40 anos de produção. Dependente de uma estratégia de venda do patrimônio e da abertura do orçamento público à iniciativa privada, Sartori não concluiu nem o Presídio de Canoas, que recebeu com 95% das obras concluídas. A irrelevância política do governador dentro de seu próprio partido, somada à inoperância de ministros e deputados federais gaúchos próximos ao poder, só contribuiu para o isolamento do Rio Grande do Sul. O Estado vive sob o império da retórica, onde o contraditório, elementar nas democracias, se tornou irrelevante. Aliás, os fatos parecem ter se tornado desprezíveis, substituídos por publicidade, por discursos fáceis que, pronunciados com pompa, circulam sem que se questione a veracidade ou a coerência com a realidade.
Deputada estadual (PT)
 
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