Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 29 de Outubro de 2017 às 21:27

Milhares vão às ruas de Barcelona contra a independência catalã

Multidão exibiu bandeiras e pediu a manutenção da unidade nacional

Multidão exibiu bandeiras e pediu a manutenção da unidade nacional


/PIERRE-PHILIPPE MARCOU/AFP/JC
Cerca de 1 milhão de catalães saíram às ruas de Barcelona ontem para se opor à independência da Catalunha, segundo os organizadores da manifestação. Já a polícia local estimou que aproximadamente 300 mil pessoas participaram do ato, de acordo com o jornal El País.
Cerca de 1 milhão de catalães saíram às ruas de Barcelona ontem para se opor à independência da Catalunha, segundo os organizadores da manifestação. Já a polícia local estimou que aproximadamente 300 mil pessoas participaram do ato, de acordo com o jornal El País.
A marcha foi convocada pela Sociedade Civil Catalã com o objetivo de rejeitar o que a organização considera um "ataque sem precedentes à história da democracia". Participaram da manifestação lideranças de diversos partidos favoráveis à união da Espanha, incluindo conservadores, liberais e socialistas. O slogan do ato foi "Somos todos Catalunha. Senso comum pela coexistência".
O clima era festivo, e manifestantes carregavam bandeiras da Espanha, da Catalunha e da União Europeia. Alguns erguiam placas nas quais se lia "Não deixaremos a Espanha ser despedaçada" e "O despertar de uma nação silenciada".
No sábado, a vice-primeira-ministra da Espanha, Soraya Sáenz de Santamaría, foi nomeada como interventora no governo da Catalunha, um dia após a declaração de independência feita pelo Parlamento regional. A interina foi indicada pelo primeiro-ministro, Mariano Rajoy, para administrar em substituição ao governador Carles Puigdemont, deposto do cargo na sexta-feira por liderar o movimento independentista. A intervenção acontecerá nas próximas oito semanas, até a realização de eleições regionais, em 21 de dezembro.
Uma pesquisa realizada pelo Metroscopia e publicada pelo jornal local El País ontem aponta que 52% dos catalães aprova a dissolução do Parlamento regional e a antecipação das eleições. Outros 43% estão contra as decisões de Rajoy. A declaração unilateral de independência não atendia à maioria da população, segundo a pesquisa: 55% dos catalães recusavam essa alternativa, enquanto 41% a defendiam.
O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, manifestou, em sua conta no Twitter, o seu apoio à manifestação em Barcelona. Rajoy escreveu que "os catalães vão se manifestar com liberdade e garantias" quando convocados para votar, em 21 de dezembro.
O ministro do Interior da Espanha lembrou a polícia regional da Catalunha sobre a obrigação de obedecer a Constituição do país e leis locais em meio a um confronto institucional com a separação. Juan Ignacio Zoido escreveu em uma carta aberta a toda a polícia locada na Catalunha, que inclui a Polícia Nacional, a Guarda Civil e a polícia regional da Catalunha. Ele escreveu que os policiais devem "obedecer a ordens, garantir os direitos de todos e cumprir os mandatos da Constituição" e a lei autônoma da Catalunha.
A polícia da Catalunha, os Mossos d'Esquadra, sofrem pressão por sua alegada passividade em interromper o referendo sobre a independência no dia 1 de outubro. Rajoy demitiu os três principais funcionários responsáveis pela tropa regional como parte das medidas tomadas depois que o Parlamento da Catalunha votou, na sexta-feira, por uma declaração de independência.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO