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Espanha

- Publicada em 17 de Outubro de 2017 às 15:30

Catalães protestam contra prisões

Justiça determinou na segunda-feira a detenção de dois líderes pró-independência

Justiça determinou na segunda-feira a detenção de dois líderes pró-independência


/LLUIS GENE/AFP/JC
Manifestantes se reuniram ontem para mais protestos em Barcelona, com a intenção de exigir a libertação de dois líderes do movimento pela independência da Catalunha, detidos acusados de motim. De Madri, a juíza Carmela Lamela determinou, na segunda-feira, a detenção provisória das lideranças Jordi Sànchez e Jordi Cuixart, respectivamente das entidades Assembleia Nacional Catalã e Òmnium Cultural.
Manifestantes se reuniram ontem para mais protestos em Barcelona, com a intenção de exigir a libertação de dois líderes do movimento pela independência da Catalunha, detidos acusados de motim. De Madri, a juíza Carmela Lamela determinou, na segunda-feira, a detenção provisória das lideranças Jordi Sànchez e Jordi Cuixart, respectivamente das entidades Assembleia Nacional Catalã e Òmnium Cultural.
A magistrada decidiu que a dupla era responsável por orquestrar as grandes manifestações em 20 e 21 de setembro em Barcelona que atrapalharam a operação policial contra os preparativos para o plebiscito de independência realizado em 1 de outubro.
As manifestações na capital catalã começaram ao meio-dia e se estenderam até a noite. Cerca de 500 estudantes deixaram as salas de aula em uma das principais universidades de Barcelona para se unir aos protestos. "Nós exigimos a libertação de nossos prisioneiros políticos e pedimos às autoridades catalãs que revoguem a suspensão da declaração de independência e proclamem a república catalã", afirmou Aina Delgado Morell, representante da Universitats per la Republica, uma entidade estudantil que defende a separação da Espanha.
A decisão judicial pela prisão foi tomada quase 12 horas após o prazo dado pelo governo do premiê Mariano Rajoy para que o presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, esclarecesse se declarou ou não a independência da Espanha. Puigdemont fez uma declaração ambígua em discurso na semana passada, dizendo que declarava a independência, mas suspendendo seus efeitos para negociar com Madri. Agora, o líder catalão tem até a quinta-feira para recuar, e, caso se recuse, o governo de Rajoy afirmou que usará de seu direito constitucional para intervir e reduzir a autonomia da administração catalã a fim de impedir a separação.
 

Tribunal Constitucional anula lei que autorizou plebiscito na Catalunha

O Tribunal Constitucional da Espanha, principal corte do país, decidiu ontem que o plebiscito independentista realizado na Catalunha é ilegal, com o argumento de que a lei regional que permitiu a votação popular vai contra a Constituição nacional. O Parlamento regional catalão aprovou uma chamada "lei do plebiscito de autodeterminação" no início de setembro. Líderes regionais realizaram um plebiscito em 1 de outubro sobre a possível separação.
A mais alta corte havia suspendido a lei, enquanto os magistrados analisavam as objeções do governo do premiê Mariano Rajoy. Na decisão desta terça-feira, os juízes afirmaram que a lei ia contra a soberania nacional e a "unidade indissolúvel da nação espanhola". A corte decidiu ainda que a sessão parlamentar que aprovou a lei também era ilegal. Porta-voz do governo catalão, Jordi Turull disse não estar surpreso com o resultado. "Nós estamos enfrentando um Poder Executivo no Estado que usa o braço judiciário para bloquear o Legislativo."
Na segunda-feira, a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou a seu contraparte espanhol, Mariano Rajoy, que o Reino Unido não reconhecerá qualquer declaração de independência da Catalunha. Os dois, de acordo com um porta-voz de
Downing Street, a residência oficial do governo local, conversaram por telefone.