Em assembleia geral realizada nesta terça-feira em frente ao Palácio Piratini, os professores estaduais ligados ao Cpers/Sindicato decidiram pela continuidade da greve, que já dura 57 dias. A categoria deve apresentar uma contraproposta ao governo de José Ivo Sartori, que deve ser elaborada em assembleias regionais.
No começo da semana, o governo apresentou uma proposta prevendo o pagamento integral da folha no último dia do mês, a partir do final de dezembro. Para isso, porém, seria necessária a adesão do Estado ao regime de recuperação fiscal proposto pela União, bem como indicadores de crescimento econômico até o fim do ano e a aprovação de venda de parte do controle acionário do Banrisul. Há também a garantia de que não haverá demissões de grevistas com contratos temporários.
O Cpers considerou positivos alguns dos termos trazidos pelo governo, mas criticou a demora nas negociações e a ausência de uma posição sobre o pagamento de 13º salário atrasado. Em nota, o chefe da Casa Civil, Fábio Branco, associou a paralisação a "grupos radicais", ligados a partidos políticos, e disse que a decisão do magistério coloca em risco o ano letivo.