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Geral

- Publicada em 31 de Outubro de 2017 às 17:18

Greve do magistério deve prosseguir por mais duas semanas no RS

Assembleia realizadahoje em frente ao Palácio Piratini decidiu pela continuidade da paralisação

Assembleia realizadahoje em frente ao Palácio Piratini decidiu pela continuidade da paralisação


CAROL FERRAZ/CPERS/DIVULGAÇÃO/JC
Paulo Egídio
Prestes a completar 60 dias, a greve convocada pelo Centro de Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) deve seguir por, pelo menos, mais duas semanas. Na manhã desta terça-feira (31), uma assembleia realizada em frente ao Palácio Piratini decidiu pela continuidade da paralisação.
Prestes a completar 60 dias, a greve convocada pelo Centro de Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) deve seguir por, pelo menos, mais duas semanas. Na manhã desta terça-feira (31), uma assembleia realizada em frente ao Palácio Piratini decidiu pela continuidade da paralisação.
De acordo com o sindicato, a deliberação pelo prosseguimento da greve ocorreu por falta de tempo hábil para a discussão das propostas do governo do Estado, apresentadas na segunda-feira (30). “Temos por característica a democracia interna, e vamos levar a discussão para a base, em assembleias regionais”, explica a vice-presidente Solange Carvalho.
Nesta segunda, em nova reunião com o comando de greve, por meio dos secretários da Casa Civil, Fábio Branco, e da Educação, Ronald Krummenauer, o Piratini apresentou uma proposta de negociação que atende reivindicações do Cpers, contemplando a retirada de tramitação da PEC que flexibiliza a data de pagamento dos servidores na Assembleia Legislativa e o compromisso do governo em não demitir professores com contratos temporários por fatos relacionados à greve.
Durante o encontro, o governo anunciou ainda que, a se confirmar um bom resultado da operação da venda de ações do Banrisul na Bolsa de Valores e a adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal do governo federal, a remuneração dos servidores pode voltar a ser paga integralmente em dezembro. Atualmente, o Estado tem parcelado o pagamento dos servidores ligados ao Executivo.
De acordo a vice-presidente do sindicato, os pontos apresentados interessam à categoria. Contudo, o movimento rechaça a vinculação do pagamento de salários à adesão ao plano de renegociação da dívida e à venda de ações do Banrisul. “Somos contrários a essas medidas e já apontamos outros caminhos que o governo pode tomar, como combate à sonegação e o fim das isenções fiscais”, argumenta Solange.
Agendada para o dia 10 de novembro, a próxima assembleia do Cpers deve definir uma contraproposta ao governo. Até lá, o movimento espera efetuar novas negociações com Executivo estadual, à medida que assembleias da categoria no interior do Estado devem avaliar as condições apresentadas pelo Piratini.
No final da tarde desta terça, o governo do Estado divulgou nota afirmando que "grupos radicais, ligados ao PT e ao PSOL, estão por trás da decisão de esticar uma greve que extrapolou os limites" e que a paralisação "não representa a categoria dos professores, mas apenas setores militantes e engajados politicamente".
Assinado pelo secretário Fábio Branco, o comunicado garante que o governo "fez tudo o que podia" para encerrar a greve e lamenta o "uso da Educação e do sindicalismo para fins políticos". "As pautas do Cpers desta terça-feira não trazem nenhuma menção ao aluno. Em vez disso, aparece até solidariedade a movimento anarquista. Onde isso vai parar?", questiona a nota, que pede que os professores retomem as atividades escolares.
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