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- Publicada em 19 de Outubro de 2017 às 16:26

Campanha é paralisada após localização de corpo

O corpo de um homem, resgatado em um rio da Patagônia, interrompeu a campanha política na Argentina, faltando quatro dias para as eleições legislativas de domingo. Os candidatos, tanto do governo quanto da oposição, suspenderam os últimos atos, previstos para esta quinta-feira, à espera da necrópsia que vai determinar se o morto é Santiago Maldonado - um artesão de 28 anos. Ele foi visto pela última vez no dia 1 de agosto, em um protesto dos índios mapuches em Chubut, no Sul do país, fortemente reprimido pela Gendarmeria (a polícia militar argentina).
O corpo de um homem, resgatado em um rio da Patagônia, interrompeu a campanha política na Argentina, faltando quatro dias para as eleições legislativas de domingo. Os candidatos, tanto do governo quanto da oposição, suspenderam os últimos atos, previstos para esta quinta-feira, à espera da necrópsia que vai determinar se o morto é Santiago Maldonado - um artesão de 28 anos. Ele foi visto pela última vez no dia 1 de agosto, em um protesto dos índios mapuches em Chubut, no Sul do país, fortemente reprimido pela Gendarmeria (a polícia militar argentina).
"O caso Maldonado tem uma forte conotação política, porque ele desapareceu há quase três meses, em um episódio envolvendo as forças de segurança", explicou à Agência Brasil o analista político Roberto Bacman. "Ele é um desaparecido da democracia, em um país que ainda não curou as feridas do regime militar."
Na Argentina, os organismos de direitos humanos até hoje exigem a "devolução com vida dos 30 mil desaparecidos" da ditadura (1976-1983), muitos deles levados a centros clandestinos de tortura e depois jogados de aviões no Rio da Prata, ou enterrados em fossas comuns.  
Maldonado participava de um protesto de ativistas indígenas, reclamando terras ancestrais, perto da fronteira com o Chile, adquiridas pela empresa Benetton nos anos 1990. Os manifestantes estavam bloqueando uma estrada, e as forças de segurança foram chamadas para retirá-los e liberar o trânsito. Segundo testemunhas, ele foi visto pela última vez sendo arrastado pelos policiais.
Desde então, a família do jovem, movimentos sociais de esquerda e organizações de defesa dos direitos humanos têm feito campanha nas ruas e nas redes sociais. O caso ganhou relevância nacional e internacional, virando tema da campanha eleitoral, que vai renovar metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado. A eleição é considerada um termômetro para medir o nível de satisfação com a primeira metade de governo do presidente Mauricio Macri. E, também, para saber se ele terá apoio para concluir bem os últimos dois anos de mandato e se candidatar à reeleição.
Candidata opositora ao Senado, Cristina Kirchner participou de uma missa em homenagem a Maldonado, somando-se às críticas da família sobre a falta de avanços na busca pelo jovem. Na campanha, seus aliados acusaram o governo de proteger as forças de segurança, sem investigar a atuação dos policiais. O governo nega as acusações e diz que fez tudo que estava a seu alcance. Esta semana, mais uma busca no rio Chubut foi ordenada, quando foi encontrado o corpo de um homem, vestido, boiando. No bolso, ele carregava a carteira de identidade do artesão.
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