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- Publicada em 09 de Outubro de 2017 às 22:27

Greve da Polícia Civil tem 'adesão maciça', diz Ugeirm

Agentes promoveram piquete em frente ao Palácio da Polícia

Agentes promoveram piquete em frente ao Palácio da Polícia


FREDY VIEIRA/JC
Igor Natusch
Desde a manhã de ontem, os agentes da Polícia Civil estão parados em todo o Rio Grande do Sul, em protesto contra os atrasos no pagamento de salários pelo governo estadual. Em Porto Alegre, um acampamento foi promovido pelos grevistas em frente ao Palácio de Polícia. A previsão inicial é que a categoria siga de braços cruzados até o dia 17, quando o governo promete quitar a totalidade dos salários.
Desde a manhã de ontem, os agentes da Polícia Civil estão parados em todo o Rio Grande do Sul, em protesto contra os atrasos no pagamento de salários pelo governo estadual. Em Porto Alegre, um acampamento foi promovido pelos grevistas em frente ao Palácio de Polícia. A previsão inicial é que a categoria siga de braços cruzados até o dia 17, quando o governo promete quitar a totalidade dos salários.
Na visão de Fabio Castro, vice-presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm), o saldo do primeiro dia de greve foi "bastante positivo" para a categoria. "A adesão foi maciça, praticamente 100%", acentua. Segundo ele, a margem de 30% de profissionais atuando está sendo mantida. O atendimento a vítimas mulheres, crianças e idosas está sendo realizado, bem como o registro de ocorrências graves e a coleta de evidências em cenas de crime. Porém, as investigações, cumprimento de mandados e demais operações policiais terão que esperar o encerramento da greve.
Castro garante que não é do interesse da categoria "penalizar ainda mais" a população, já bastante atingida pela violência cotidiana. "Mas eles (governo) deveriam ter se preocupado antes, quando se negaram a pagar em dia quem está trabalhando no dia a dia. Foi a omissão do governo que criou essa situação", acusa. "Pedimos a compreensão da população, porque estamos fazendo isso (greve) justamente para que tenhamos condições de trabalhar."
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) reforça que a atividade dos agentes envolve "um direito fundamental e um serviço essencial" e que a sociedade "não pode ficar desassistida em virtude da paralisação" dos funcionários. "Apesar de todas as dificuldades financeiras, o governo tem feito um grande esforço para honrar os reajustes salariais concedidos aos servidores da segurança pública, que já somam 38% de aumento desde 2015. Foram as únicas categorias que receberam reajuste", argumenta o texto. A pasta também espera que os policiais "mantenham os serviços em pleno funcionamento" em todo o Estado.
Também em nota, a Polícia Civil reconhece o direito de manifestação dos agentes, mas acentua "a importância de que sejam observados os parâmetros legais" nos dias de interrupção. Segundo o órgão, os delegados de polícia devem avaliar quais são as demandas prioritárias, e a chefia "acompanhará o desenvolvimento da atividade policial neste período, a fim de evitar prejuízos aos cidadãos".
A Associação dos Delegados da Polícia Civil do Rio Grande do Sul manifestou solidariedade aos agentes, dizendo entender e respeitar a decisão pela greve. Assinada pelo presidente da entidade, delegado Cleiton Freitas, a nota recomenda que os delegados deixem, enquanto a situação se mantiver, de remeter inquéritos, termos circunstanciados e procedimentos para adolescentes infratores, com exceção de casos graves. Para registro de ocorrências de menor gravidade, como furto de objetos e extravio de documentos, a recomendação da Ugeirm é usar o sistema Delegacia On-line, no link www.delegaciaonline.rs.gov.br.
 
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