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- Publicada em 04 de Outubro de 2017 às 21:55

Porto Alegre fica sem limpeza de parques e coleta seletiva

Trabalhadores da Cootravipa realizaram protesto ontem na Câmara de Vereadores

Trabalhadores da Cootravipa realizaram protesto ontem na Câmara de Vereadores


CLAITON DORNELLES /JC
Isabella Sander
Após atraso em pagamentos da prefeitura, os trabalhadores da Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos das Vilas de Porto Alegre (Cootravipa) estão com suas atividades paralisadas desde ontem. A cooperativa é responsável pelos serviços de coleta seletiva e limpeza de praças e parques da Capital. "Os cooperativados não estão paralisando como protesto, e sim porque não há dinheiro nem mesmo para o combustível e para a compra de equipamentos de proteção", relata o assessor jurídico da entidade, Artur Garrastazu Gomes.
Após atraso em pagamentos da prefeitura, os trabalhadores da Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos das Vilas de Porto Alegre (Cootravipa) estão com suas atividades paralisadas desde ontem. A cooperativa é responsável pelos serviços de coleta seletiva e limpeza de praças e parques da Capital. "Os cooperativados não estão paralisando como protesto, e sim porque não há dinheiro nem mesmo para o combustível e para a compra de equipamentos de proteção", relata o assessor jurídico da entidade, Artur Garrastazu Gomes.
Os valores atrasados são referentes a 50% dos serviços em praças e parques em agosto e 100% da coleta seletiva. Em relação aos R$ 4,7 milhões não pagos dos trabalhos de dezembro de 2016, a Cootravipa fez um acordo com a prefeitura de receber o montante em 36 parcelas, a partir de janeiro de 2018. No entanto, segundo Garrastazu, o acordo era de que não houvesse mais atrasos, uma vez que a entidade havia ficado sem margem em seu capital. Com o novo atraso de R$ 1 milhão sobre o pagamento de agosto, o assessor jurídico defende que não há mais como continuar o serviço.
Conforme Garrastazu, a entidade presta serviço de limpeza urbana, coleta de lixo seletivo e desentupimento de bueiros há mais de 30 anos e nunca deixou de receber o valor dos contratos em dia. "Entendemos a dificuldade financeira da prefeitura, mas consideramos que deveríamos ser privilegiados na decisão de quem pagar e quem não pagar, já que prestamos um serviço essencial. Infelizmente, isso não aconteceu, pois sabemos de outros prestadores que receberam", destaca. O assessor jurídico aventa a possibilidade de a gestão municipal estar priorizando o pagamento de empresas com força política maior, em detrimento de uma cooperativa formada por pessoas humildes.
O secretário de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário, afirmou que a Secretaria da Fazenda e a Procuradoria-Geral do Município buscam alternativas para o pagamento dos valores.
Ontem, os trabalhadores protestaram na Câmara de Vereadores e depois seguiram até a prefeitura acompanhados de vereadores. No Paço Municipal, os cooperativados foram recebidos pelo vice-prefeito Gustavo Paim e secretários, que ouviram dos trabalhadores o temor do não pagamento dos serviços de setembro, com vencimento no dia 10 de outubro. A prefeitura se comprometeu a se posicionar hoje sobre o tema.
Caso as faturas de agosto e setembro não sejam quitadas, os operários podem ficar sem salários. Cerca de 2 mil pessoas trabalham na cooperativa.
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