Mais de dois dias depois do temporal que espalhou danos em boa parte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre ainda contabilizava prejuízos e serviços interrompidos. A última contagem da Empresa Pública de Transporte e Circulação, ontem à tarde, era de 26 pontos de bloqueio total ou parcial, em vias como Ipiranga, Oscar Pereira, Plínio Brasil Milano, Protásio Alves e Intendente Azevedo. O funcionamento dos semáforos foi normalizado, mas três linhas de ônibus (344.1-Santa Maria/Clemente Pereira, 346-São José e 436-Jardim Ipê) ainda circulavam com desvios.
Ao todo, foram registrados 131 chamados de árvores caídas em vias, parques e praças da Capital. O Departamento Municipal de Limpeza Urbana destacou 35 caminhões, três retroescavadeiras e 43 operários para trabalhar na desobstrução de vias e na coleta de galhos e árvores. Cerca de 65 toneladas de resíduos foram recolhidos.
Dados preliminares da Defesa Civil registram 91 ocorrências de destelhamento. Devido à falta de luz e alagamentos, 12 unidades de saúde tiveram atendimentos restritos. A Unidade de Saúde Aparício Borges precisou interromper totalmente os serviços, após a queda de uma árvore. Em vários pontos da Capital, em especial na Zona Sul, lonas foram distribuídas para moradores que tiveram danos em suas residências.
Na última atualização, a Defesa Civil gaúcha contabilizava 52 municípios atingidos pelo temporal de domingo, com 3.260 destelhamentos e três famílias desalojadas. Duas pessoas morreram - um homem, vitimado pela queda de uma árvore na estrada entre Santo Augusto e Ijuí, no Noroeste, e uma mulher em Sapiranga, na Região Metropolitana. Qualquer informação ou pedido de auxílio pode ser encaminhado pelo telefone 199.
Até o começo da noite de ontem, a Companhia Estadual de Energia Elétrica registrava 1,4 mil consumidores ainda sem luz. A RGE Sul dava conta de 23 mil clientes sem energia, além de outros 18 mil na RGE.