Temporal no Rio Grande do Sul causa pelo menos uma morte e feridos

O temporal que atingiu boa parte do Rio Grande do Sul, na noite desse domingo (1), causou pelo menos uma morte, deixou cinco pessoas feridas e gerou estragos em diversos municípios, com destelhamentos de quase mil residências, falta de luz e queda de árvores nas áreas urbanas e em rodovias. Os ventos chegaram a 105 km/h, segundo a meteorologia. A coordenação da Defesa Civil gaúcha não confirmou que houve segunda morte associada ao temporal. 

O boletim da manhã desta segunda-feira (2) do órgão estadual apontou a morte de um motorista que trafegava pela RS-155, entre Santo Augusto, nas Missões, próximo à fronteira oeste gaúcha, e Ijuí. Albino de Jesus, com idade estimada em 60 anos, dirigia quando uma árvore caiu sobre o carro. O homem acabou morrendo no local devido ao impacto da queda. Os feridos em Porto Alegre estavam no Circo da Rússia, ao lado do estádio Beira-Rio, na orla do Lago Guaíba, quando a estrutura desabou. Não houve casos de maior gravidade, mas alguns foram levados a hospitais.

Destelhamentos atingem pelo menos 12 cidades. O maior número de casas danificadas está em Ijuí e Montenegro, com 300 locais atingidos em cada localidade. Em Santa Cruz do Sul, na região central do Estado, houve danos na estrutura no parque da Oktobertfest, mas sem feridos, além de danos em 85 casas. Mais de 200 mil clientes ainda estavam sem luz na manhã desta segunda na Região Metropolitana e Fronteira.  

Os destroços encontrados nas principais avenidas de Porto Alegre, na manhã desta segunda, comprovam os prejuízos do forte temporal. Outro efeito é a sujeira deixada pelos ventos, com muitos galhos, folhas e lixo espalhados. Na avenida Ipiranga, o ginásio da Brigada Militar teve parte do telhado arrancado e vidros quebrados. Há pedaços da cobertura no pátio e nas laterais da avenida. 

Na avenida Padre Cacique, a área onde há duas semanas está instalado o Circo da Rússia virou um campo de destruição. No local, apenas a fachada lembra um circo. Toda a estrutura foi abaixo com a força do vento. Na hora do temporal, havia cerca de 70 pessoas assistindo a um espetáculo. No Parque Farroupilha (Parque da redenção), há diversas árvores com galhos quebrados. A região foi uma das mais atingidas na supertempestade de 2016.

Na avenida Osvaldo Aranha, uma árvore caiu no corredor de ônibus em frente ao Auditório Araújo Vianna. Apesar do ocorrido, o transito no corredor segue normal. Na rua Felipe de Oliveira com a avenida Barão do Amazonas, onde uma árvore de grande porte caiu, o trânsito segue com bloqueio total. Na avenida Aparício Borges, paradas de ônibus ficaram contorcidas pela força dos ventos.