O governo do Rio Grande do Sul decidiu cortar o ponto dos servidores que estão em greve. Em nota, afirma que "não chegou a esta crise por vontade do atual governo" e que, para sair dela, é preciso responsabilidade política e financeira, "não de populismo e demagogia". A decisão foi publicada na sexta-feira, após decisão dos professores estaduais de continuar a paralisação, iniciada em 5 de setembro. No mesmo dia, o Cpers/Sindicato ingressou com mandado de segurança para evitar desconto nos salários dos docentes. A medida foi aprovada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
Na assembleia realizada na sexta-feira, o Cpers optou pela continuidade da greve. De acordo com o sindicato, mais de 10 mil professores participaram do evento. A presidente do Cpers, Helenir Schürer, garantiu que a entidade não recuará "diante das ameaças de um governo que desrespeita os educadores, os estudantes e a comunidade escolar". Nesta semana, a caravana do sindicato visitará escolas de outros municípios, com o objetivo de aumentar a adesão à greve.
O governo argumenta que 47% dos servidores da Educação já receberam os salários de forma integral. Os que ganham até R$ 4 mil serão pagos até o dia 11 deste mês, quitando o pagamento de praticamente toda a categoria. O Estado novamente fez um apelo para que as aulas sejam retomadas, a fim de preservar o ano letivo.
Hoje, os secretários da Coordenação de Governo se reúnem, a partir das 8h30min, com os coordenadores regionais de Educação para explanar a situação financeira do Estado e as medidas que vêm sendo tomadas para equilibrar as contas. O encontro será coordenado pelo secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Branco.