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Conjuntura

- Publicada em 31 de Outubro de 2017 às 20:50

Compulsório irá para padrões internacionais, diz Goldfajn

Ilan Goldfajn esteve em audiência na Comissão Mista de Orçamento

Ilan Goldfajn esteve em audiência na Comissão Mista de Orçamento


/WILSON DIAS/ABR/JC
O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou nesta terça-feira durante audiência pública da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), que o compulsório é um dos assuntos tratados pela Agenda BC , da instituição. Segundo ele, o BC já simplificou os compulsórios este ano e, no médio e longo prazo, "vamos pensar para que o compulsório convirja a padrões internacionais".
O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou nesta terça-feira durante audiência pública da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), que o compulsório é um dos assuntos tratados pela Agenda BC , da instituição. Segundo ele, o BC já simplificou os compulsórios este ano e, no médio e longo prazo, "vamos pensar para que o compulsório convirja a padrões internacionais".
Questionado a respeito da redução do rating do Brasil por agências internacionais de classificação de risco, Goldfajn afirmou que a recuperação ocorrerá "já, já". Neste ponto, citou a queda do Credit Default Swap (CDS) brasileiro nos últimos meses, como um exemplo de que o mercado financeiro enxerga uma situação mais favorável ao Brasil hoje.
A audiência na CMO busca avaliar o cumprimento dos objetivos e das metas das políticas do BC, considerando os impactos no balanço da instituição. Goldfajn argumentou que o importante não é a existência de quatro ou cinco bancos, mas sim que haja competição no mercado bancário. Ele voltou a citar que o BC tem trabalhado pelo empoderamento dos pequenos bancos e das empresas de tecnologia. "Se queremos mais bancos menores, temos que pensar na democratização das informações. Por isso os deputados têm que olhar com cuidado o projeto do Cadastro Positivo", afirmou.
Goldfajn também defendeu novamente a explicação de que a inflação caiu devido as ações da autoridade monetária, e não apenas devido à retração econômica. "É inegável que a inflação caiu, e ela não tinha caído nos dois anos de recessão", rebateu.
Segundo ele, a inflação caiu também pelo retorno da confiança após as medidas tomadas pelo governo. "Quando se está em recessão e há incerteza, ninguém reduz preços. Só quando o futuro fica mais claro que empresas ficam confortáveis em reduzir preço", respondeu.
Goldfajn repetiu que os juros estão caindo e que a taxa real está próxima de seu menor patamar histórico. "Há inclusive a expectativa de analistas de que a Selic feche 2017 abaixo de 7,5%. O juro estrutural está caindo porque estamos fazendo ajustes e avançando nas reformas", acrescentou. O presidente do BC disse ainda não acreditar que o governo deva usar os bancos públicos, da forma como foi feito no passado, para puxar a queda das taxas de juros. "Usar os bancos públicos dessa forma não nos leva a resultados sustentáveis. Temos que estimular isso nos bancos públicos e nos privados", respondeu. Em resposta aos parlamentares, o presidente do BC reiterou que os spreads bancários estão caindo e reforçou que a autoridade monetária deseja que eles caiam ainda mais.

Meirelles afirma que reformas econômicas já mostram resultado e que País mudou

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira em Brasília, que a economia brasileira passa por um forte processo de reversão da situação desfavorável em que se encontrava em maio do ano passado, mês em que se iniciou o atual governo de Michel Temer. "Em maio do ano passado, no início do governo, o Brasil estava com um grave desequilíbrio", disse ministro, para quem a situação já mudou.
Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que debateu a situação da economia brasileira, Meirelles citou as projeções dos analistas do mercado para os indicadores macroeconômicos para ilustrar as suas afirmações aos senadores. "A Selic atual é de 7,50% e é esperado pelo mercado que ela se mantenha em um dígito até 2020", disse, lembrando que a taxa de Risco País, medida pelo Credit Default Swap (CDES) de cinco anos, de 25 de outubro, está em 173 pontos. Há um ano, o risco Pais estava em 328 pontos.
A inflação, segundo Meirelles deverá ficar em torno de 3% neste ano e o Produto Interno Bruto (PIB), em 2018, deverá crescer acima de 2,5%. "Estamos com trajetória de inflação baixa, juro baixo e retomada do crescimento", destacou Meirelles.
O ministro afirmou que as reformas que foram promovidas já mostram resultados. Ele disse que o governo mantém uma expectativa em relação ao crescimento do PIB em 2018 mais conservadora do que o previsto pelo mercado. Meirelles disse também que as mudanças na tributação de fundos exclusivos e a reoneração da folha de pagamento são ajustes para dar isonomia ao mercado.