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energia

- Publicada em 26 de Outubro de 2017 às 19:16

Consumo de energia sobe 2,4% em outubro

ONS destacou que 2017 é um dos piores anos do histórico do sistema

ONS destacou que 2017 é um dos piores anos do histórico do sistema


/STOCKPHOTO/JC
O consumo de eletricidade no País apresenta um aumento de 2,4% em outubro, em relação a igual período do ano passado, segundo dados preliminares de medição coletados entre os dias 1 e 24 deste mês e divulgados nesta quinta-feira pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O consumo de eletricidade no País apresenta um aumento de 2,4% em outubro, em relação a igual período do ano passado, segundo dados preliminares de medição coletados entre os dias 1 e 24 deste mês e divulgados nesta quinta-feira pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Conforme a entidade, no período, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) somou 61.268 MW médios. No Ambiente de Contratação Livre (ACL), no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, a CCEE aponta elevação de 9,8% no consumo, índice que já leva em conta as novas cargas de consumidores vindas do mercado cativo (ACR). Desconsiderando a migração dessas cargas, o mercado livre teria retração de 3% no consumo.
Já a energia consumida no Ambiente de Contratação Regulado (ACR), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, ficou praticamente estável (-0,3%), índice que reflete a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Desconsiderando a migração, haveria uma alta de 4,5%.
Entre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos ( 8,1%), saneamento ( 3,9%) e têxtil ( 2,9%) registraram alta no consumo, mesmo quando a migração é desconsiderada. Os maiores índices de retração, nesse mesmo cenário, pertencem aos segmentos químico (-6,6%), de bebidas (-5,4%) e de extração de minerais metálicos (-4,6%).
A CCEE também divulgou dados referentes à geração de energia elétrica, que cresceu 1,8% de 1 a 24 de outubro, ante igual etapa do ano passado, totalizando 62.957 MW médios. Conforme a câmara, o crescimento foi impulsionado pela maior produção termelétrica, que registrou alta de 24,4%, e pelo aumento da geração eólica, de 34,6%. A geração hidráulica, por sua vez, recuou 10%, considerando grandes e pequenas Centrais Hidrelétricas, reflexo do cenário hidrológico adverso e do baixo nível de armazenamento de água nos reservatórios das usinas.
Conforme o boletim da CCEE, as usinas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), espécie de condomínio das hidrelétricas que compartilha o risco hidrológico, devem gerar em outubro o equivalente a 62,5% de suas garantias físicas, ou 37.784 MW médios em energia elétrica. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) destacou que este é um dos piores anos do histórico, e o mês de setembro foi o pior já registrado em termos de energias naturais afluentes nas principais bacias hidrográficas para a geração hidrelétrica. Nas bacias do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o ano de 2017 está sendo caracterizado como o pior desde 1931, segundo o ONS.
 

Crise hídrica é 'preocupante', mas não há risco de faltar energia, diz ministro

Coelho confirmou envio de plano de privatização da Eletrobras

Coelho confirmou envio de plano de privatização da Eletrobras


/MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO/JC
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou que a situação dos reservatórios das hidrelétricas é "bastante preocupante", mas que não vê risco de problemas de abastecimento. Na quarta-feira, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu que passará a se reunir semanalmente para avaliar as condições de abastecimento. "Não tem risco de abastecimento, mas o preço (da energia) já tem subido", afirmou o ministro, em entrevista durante visita à feira OTC (Offshore Technology Conference), no Rio. Na terça-feira, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reviu o cálculo da bandeira vermelha sobre a conta de luz, ampliando o valor da taxa mais alta de R$ 3,50 para R$ 5,00 por cada 100 kilowatts-hora consumidos.
Coelho disse que o governo vem conversando com a Aneel e com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) em busca de soluções para conter a crise energética. Ele não quis adiantar, porém, quais as alternativas. A Aneel já decidiu iniciar uma campanha pelo uso racional de energia, a fim de promover maior economia no consumo.
O ministro disse que o MME deve enviar na semana que vem à Casa Civil o projeto de lei de privatização da Eletrobras. Ele não quis, porém, dar detalhes do processo. Questionado sobre o valor que entrará para o caixa do governo, disse que dependerá de decisão da Eletrobras sobre o número de usinas para as quais optará por mudança no regime de vendas. Com o dinheiro arrecadado pela venda de ações, a estatal pagará o governo para retirar hidrelétricas do regime de cotas, no qual o preço de venda é mais barato, para poder vender a energia no mercado.