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Consumo

- Publicada em 19 de Outubro de 2017 às 17:54

Campanha alerta sobre uso do cartão de crédito

Classes D e E são as que têm maior dificuldade em pagar faturas

Classes D e E são as que têm maior dificuldade em pagar faturas


/VISUALHUNT /DIVULGAÇÃO/JC
O Banco Central (BC) e a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) lançaram nesta quinta-feira uma campanha para estimular o uso consciente do cartão de crédito. A ação prevê a divulgação de nove vídeos educativos sobre o uso do cartão, além de posts nas redes sociais com o tema "Se passar o cartão, não passe dos limites".
O Banco Central (BC) e a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) lançaram nesta quinta-feira uma campanha para estimular o uso consciente do cartão de crédito. A ação prevê a divulgação de nove vídeos educativos sobre o uso do cartão, além de posts nas redes sociais com o tema "Se passar o cartão, não passe dos limites".
A campanha, exclusivamente na internet, vai custar R$ 150 mil ao BC e R$ 200 mil à Abecs. O diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco Central, Isaac Sidney, destacou que os brasileiros têm cada vez mais acesso a produtos e serviços financeiros, mas é preciso garantir informação de qualidade, educação financeira e proteção aos direitos dos cidadãos. "Por exemplo, na última pesquisa realizada pela Abecs e pelo Instituto Datafolha, 21% dos entrevistados afirmaram que a última fatura está acima do que podem pagar. Podemos perceber que há espaço para ações de conscientização e de educação financeira", disse.
O foco da campanha são as classes D e E, que, segundo a pesquisa, têm maior dificuldade para pagar a fatura do cartão de crédito. "Desses 21% que acreditam que suas faturas são altas para suas possibilidades, 33% pertencem às classes D e E. Vejam que a falta de educação financeira penaliza de forma mais intensa as camadas mais vulneráveis da população", acrescentou Sidney.
De acordo com o diretor, do total de 250 mil reclamações de cidadãos recebidas pelo BC este ano, cerca de 10% referem-se a cartão de crédito. Sidney destacou que o BC adotou outras medidas recentemente para melhorar reduzir o custo do crédito e melhorar a educação financeira, como a compatibilidade das máquinas de cobrança com todas as bandeiras de cartão, a autorização para diferenciação de preços por instrumento de pagamento e as novas regras do rotativo do cartão de crédito. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Com vigência desde abril deste ano, a medida determinou que os saldos das faturas só podem ser financiados de forma rotativa até o vencimento da fatura seguinte. Depois disso, o saldo deve ser parcelado.
O objetivo da medida era reduzir a taxa de juros do rotativo, a mais alta entre as modalidades para as pessoas físicas nos bancos. De acordo com o BC, a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito para quem paga pelo menos o valor mínimo da fatura chegou a 221,4% ao ano em agosto. A taxa cobrada dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento do mínimo ficou 506,1% ao ano. Com isso, a taxa média da modalidade de crédito chegou a 397,4% ao ano.
Em março de 2017, antes do início das novas regras, a taxa estava em 431,1% ao ano. O presidente da Abecs, Fernando Chacon, disse que o compromisso do setor com o regulador do mercado, o BC, era reduzir pela metade a taxa de juros para os consumidores que pagam a fatura em dia.
Chacon acrescentou que "ninguém se orgulha dos juros praticados no País", mas já houve avanço com a medida do rotativo do cartão de crédito. "De fato a gente está recomendado que paguem a fatura em dia. As pessoas não devem usar financiamento se não for necessário", disse.

Vendas do comércio crescem 1,5% em setembro

As vendas do comércio varejista cresceram 1,5% em setembro em relação a agosto, com ajuste sazonal, segundo a Boa Vista SCPC. Em relação ao nono mês de 2016, sem ajuste, houve aumento de 5,5%. No acumulado em 12 meses terminados em setembro, houve queda de 2,1%, porém cada vez mais o índice nessa base de comparação vem diminuindo a intensidade de recuo, conforme a instituição. "Desde novembro de 2016 o indicador do comércio vem gradualmente se recuperando", conforme a nota.
A equipe econômica da Boa Vista espera que o cenário mais favorável para crédito, que inclui recuo na taxa de juros e melhora na renda e no emprego, mantenha-se crescente pelos próximos meses, retomando patamares positivos das vendas varejistas.
O setor de móveis e eletrodomésticos foi o que apresentou o maior crescimento, de 2,8%, em setembro em relação a agosto. Porém, em 12 meses, a taxa acumulada ficou em negativa em 2,5%. O segmento de tecidos, vestuários e calçados apresentou queda de 0,8% no mês, enquanto na comparação em 12 meses houve recuo de 4,8%. A atividade do setor de supermercados, alimentos e bebidas mostrou expansão de 0,5% em setembro no confronto com agosto. Já a variação acumulada em 12 meses ficou estável (zero).
Na margem, o maior declínio foi apurado no segmento de combustíveis e lubrificantes (-1,2%). Em 12 meses finalizados em setembro, a queda foi ainda mais intensa, de 3,3%.