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Conjuntura

- Publicada em 15 de Outubro de 2017 às 20:28

País terá recuperação equilibrada, diz Meirelles

Henrique Meirelles (centro) fez uma ampla defesas das reformas

Henrique Meirelles (centro) fez uma ampla defesas das reformas


/JIM WATSON /AFP/JC
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou neste sábado, em uma declaração entregue ao Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês) do Fundo Monetário Internacional (FMI), que a economia brasileira tem espaço para ter "recuperação equilibrada". O ministro afirmou que emprego e renda aumentaram no País, sustentados pela forte queda da inflação.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou neste sábado, em uma declaração entregue ao Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês) do Fundo Monetário Internacional (FMI), que a economia brasileira tem espaço para ter "recuperação equilibrada". O ministro afirmou que emprego e renda aumentaram no País, sustentados pela forte queda da inflação.
"Enquanto os desafios fiscais persistem, a redução do endividamento das famílias e das empresas gera espaço para uma recuperação equilibrada", afirma o documento, que reconhece os problemas nas contas públicas brasileiras.
O ministro ainda fez uma ampla defesa das reformas. E embora tenha afirmado que todos os países precisam aproveitar o momento para fazer ajustes, Meirelles deu ênfase à situação do Brasil. "A agenda das reformas estruturais fiscal é vasta", escreveu, enumerando avanços como as mudanças no mercado de trabalho, o teto para os gastos públicos e a nova taxa de longo prazo para o Bndes, que será mais ancorada às taxas de mercado, sem os subsídios da TJLP.
Meirelles fez também uma defesa enfática da reforma da Previdência. "Crucial para refletir mudanças demográficas na sociedade brasileira e garantir a sustentabilidade da dívida pública", escreveu, indicando que todas elas vão ampliar a produtividade da economia brasileira. O ministro voltou a salientar que o Brasil possui sólidas reservas internacionais e taxa de juros flutuante e que, nos últimos meses, o risco-país se reduziu, refletindo a melhoria das contas brasileiras. Ele ainda comemorou a baixa inflação, atualmente na casa dos 3% anuais.

Frustração de expectativas com reformas pode elevar inflação, destaca presidente do BC

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, voltou a afirmar no sábado, durante evento em Washington, nos Estados Unidos, que a frustração de expectativas com reformas no Brasil pode elevar a inflação no horizonte relevante. Esta ideia já constou em comunicações mais recentes do BC, que segue citando o andamento das reformas como um risco em seu cenário.
Goldfajn também voltou a citar hoje medidas adotadas no âmbito da Agenda BC , de reformas estruturais. Entre elas, o "novo código punitivo e as ferramentas de acordo", numa clara referência à Medida Provisória (MP) nº 784, que está em tramitação no Congresso. A MP, no entanto, sofreu um revés na última semana e não foi votada no plenário da Câmara. Agora, em função do prazo (até dia 19 para aprovação na Câmara dos Deputados e no Senado), tende a caducar. No Banco Central, no entanto, o novo marco punitivo segue sendo visto como essencial para modernizar o sistema financeiro brasileiro.
No evento, Goldfajn também destacou reformas levadas a cabo pelo governo, como o estabelecimento do teto de gastos, a reforma trabalhista, a reforma educacional, as mudanças no setor de óleo e gás, os anúncios de privatização e a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) - a nova referência para operações do Bndes. "A continuidade das reformas será relevante para o futuro da economia brasileira", afirmou.
Segundo ele, para o processo de queda de juros continuar, é necessário um esforço para reduzir a taxa estrutural da economia - aquela em que há crescimento sem gerar inflação.