Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 10 de Outubro de 2017 às 10:50

FMI eleva estimativa de crescimento do Brasil em 2017

FMI aumentou estimativa do PIB do Brasil de 0,3% para 0,7% em 2017 e para 1,8% em 2018

FMI aumentou estimativa do PIB do Brasil de 0,3% para 0,7% em 2017 e para 1,8% em 2018


MANDEL NGAN/AFP/JC
Com base nos bons resultados vistos no campo e na alta do consumo impulsionada pela liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano, de 0,3%, em julho, para 0,7%. Para 2018, também houve um leve crescimento em relação aos dados divulgados em julho, de 1,3% para 1,5%.
Com base nos bons resultados vistos no campo e na alta do consumo impulsionada pela liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano, de 0,3%, em julho, para 0,7%. Para 2018, também houve um leve crescimento em relação aos dados divulgados em julho, de 1,3% para 1,5%.
A previsão para este ano (0,7%) casa com a de agentes do mercado reunidas pelo Banco Central no boletim Focus, que, no entanto, ainda está mais otimista que o FMI para o próximo ano, com estimativa de crescimento de 2,4%. "Uma boa safra e um impulso para o consumo, que incluiu permitir que os trabalhadores aproveitassem as poupanças acumuladas em suas contas de indenização, levaram a uma revisão ascendente de meio ponto percentual em 2017 em relação à previsão de abril", diz o relatório Panorama Econômico Global, divulgado nesta terça-feira (10).
A aparente reticência do FMI sobre a previsão de 2018 - que apesar do leve crescimento ainda está 0,2% abaixo da estimativa presente no relatório de abril- tem por base "a fraqueza contínua no investimento e o aumento da incerteza política e de políticas". O relatório de abril foi publicado antes de estourar, no Brasil, o escândalo envolvendo o presidente Michel Temer, que levou às denúncias de corrupção passiva, obstrução da Justiça e participação em organização criminosa contra o presidente. 
O FMI, no entanto, afirma que "uma restauração gradual da confiança", por meio da implementação de "reformas-chave para garantir a sustentabilidade fiscal", deve levar a um crescimento de 2% no "médio prazo". No relatório, o fundo também prevê, que, pela primeira vez em uma década, a inflação no Brasil vai ficar abaixo da latino-americana.
Enquanto a projeção da inflação brasileira para todo o ano de 2017 é de 3,7%, a previsão para América Latina e Caribe é de 4,2%. A última vez que os números do Brasil foram menores que o da região foi em 2008, com 5,7% e 6,4%, respectivamente.
Em relação ao desempenho global, o FMI se mostra otimista com o ritmo "mais rápido" da recuperação global. O fundo prevê crescimento de 3,6% para este ano e 3,7% para 2018 -ambos foram elevados em 0,1 ponto percentual em relação às previsões anteriores. A estimativa de crescimento para este ano se deve, em grande parte, a uma melhora nas economias desenvolvidas, enquanto o cenário positivo para 2018 é mais influenciado pelos mercados emergentes e economias em desenvolvimento.
"Apenas um ano e meio atrás, a economia mundial enfrentava um crescimento hesitante e turbulência dos mercados financeiros. O cenário hoje é muito diferente, com crescimento acelerado na Europa, no Japão, na China e nos Estados Unidos", diz Maurice Obstfeld, conselheiro econômico e diretor de pesquisas do FMI. Segundo o fundo, os mercados financeiros esperam menos turbulência mesmo durante o processo de normalização do Fed (Federal Reserve, banco central americano).
O relatório, no entanto, alerta para a necessidade de os mercados e os governos não se deixarem levar pelo otimismo. "Uma análise mais aprofundada sugere que a recuperação global pode não ser sustentável", diz Obstfeld na apresentação. "Nem todos os países estão participando, a inflação geralmente permanece abaixo da meta com fraco crescimento salarial, e a perspectiva de médio prazo ainda decepciona em muitas partes do mundo."
Folhapress
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO