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Agronegócios

- Publicada em 05 de Outubro de 2017 às 23:03

Governo do Rio Grande do Sul amplia defesas animal e vegetal

Servidores vão atender a demandas pontuais de inspeção no campo

Servidores vão atender a demandas pontuais de inspeção no campo


WOLF GENÉTICA/WOLF GENÉTICA/DIVULGAÇÃO/JC
O governo do Estado se prepara para convocar mais 30 médicos veterinários e 10 agrônomos do último concurso para atuarem na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi). A decisão foi tomada nesta quinta-feira, durante reunião do secretário Ernani Polo, com o chefe da Casa Civil Fábio Branco, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza, e a equipe da Secretaria da Agricultura.
O governo do Estado se prepara para convocar mais 30 médicos veterinários e 10 agrônomos do último concurso para atuarem na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi). A decisão foi tomada nesta quinta-feira, durante reunião do secretário Ernani Polo, com o chefe da Casa Civil Fábio Branco, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza, e a equipe da Secretaria da Agricultura.
A maioria dos novos servidores será alocada em municípios da Fronteira, para fortalecer o serviço de defesa nessas áreas e melhorar a infraestrutura de pessoal nesses locais. Os novos servidores também entram para atender necessidades pontuais na área de inspeção, até que o novo modelo de inspeção de produtos de origem animal, aprovado pela Assembleia Legislativa em agosto, seja implantado no Rio Grande do Sul.
Para o deputado Souza, este é mais um passo na busca pelo fortalecimento da defesa sanitária animal e vegetal no Estado. "Estamos aprimorando este serviço e melhorando a estrutura para enrijecer o controle da qualidade dos produtos de origem animal gaúchos", ressaltou.
Fábio Branco complementa que este "é um novo conceito de estruturação. Com isso desejamos ampliar o sistema de defesa, valorizando ainda mais os produtos de origem animal. A finalidade é fortalecer o serviço de defesa com intenção de evoluir no status sanitário, dentro do planejamento que estamos fazendo de implantação de metas até o final de 2018 dentro do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, para que possamos evoluir. Elaboramos isso junto com o governo, que foi sensível nesse desafio de encontrar a evolução do status sanitário do Rio Grande do Sul, que representa a prospecção de novos mercados para o setor de proteína animal do Estado", detalhou o secretário Ernani Polo.
 

Estudo da Conab sobre arroz foi superficial, diz federação

Não constaram dados sobre custos com energia, diz Dornelles

Não constaram dados sobre custos com energia, diz Dornelles


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
O estudo divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a evolução dos custos de produção e rentabilidade do arroz irrigado gaúcho nos anos-safra 2006/2007 a 2016/2017 trouxe dados que da forma como foram expostos não condizem com a realidade da produção no Estado e do setor arrozeiro na atual conjuntura. A avaliação é do presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles. Conforme o dirigente, os problemas estão também na contextualização em relação ao mercado mundial.
O presidente da Federarroz salienta que o trabalho desconsidera a premissa do título que seria a de refletir a situação do Rio Grande do Sul, que produz mais de 70% do grão no País. Dornelles lembra que, enquanto o estudo aponta uma produtividade em torno de 6 mil quilos por hectare para o País no comparativo mundial, o Rio Grande do Sul produziu 7,7 mil quilos por hectare na última safra, sendo que os gaúchos, em mais de um milhão de hectares, possuem a sexta maior produtividade do mundo, enquanto os demais competidores, excetuando-se os Estados Unidos, possuem área inferior à do Estado brasileiro. "Enquanto o trabalho é sobre o arroz irrigado no Rio Grande do Sul, a Conab não expressa a elevadíssima eficiência gaúcha", ressalta.
Dornelles avalia também que o estudo não traz nenhum comentário sobre o aumento da energia elétrica, um dos principais vilões do custo de produção do arroz, que nos últimos três anos subiu mais de 100%. Na avaliação de rentabilidade, o presidente da Federarroz reforça que foi feita uma média aritmética simples do preço no ano e não considerou média ponderada conforme o comportamento de oferta dos produtores. Além disso, o trabalho não considera o custo do arrendamento ou mesmo de oportunidade da terra, que na análise do dirigente, fazem toda a diferença entre estar positivo e negativo na atividade. Sob esse aspecto, facilmente se verifica, segundo dados, que em poucos anos houve renda na atividade.
Outro ponto positivo segundo o presidente da Federarroz é que o estudo mostra que os preço têm forte relação com a posição geográfica. "Eles fazem menção à praça de Pelotas, próxima ao Porto de Rio Grande, o que mais uma vez colabora com as atitudes da Federarroz e ratifica que a exportação valoriza o produto no mercado doméstico pelo escoamento do grão e o pagamento de preços melhores pelo mercado internacional", enfatiza.
 

Cultura do trigo se encaminha para final do ciclo no Rio Grande do Sul

O Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira indica que a cultura do trigo está avançando rapidamente para o final do ciclo de produção. Os maiores percentuais entre os estágios fenológicos são os de final de floração e enchimento de grãos.
As lavouras em maturação apresentam coloração amarela pouco intensa, com espigas pequenas e baixo potencial produtivo. As primeiras lavouras colhidas, menos de 1% do total plantado, apresentam produtividade abaixo do esperado e um aumento, em relação aos anos anteriores, na incidência de lagartas, necessitando maior número de aplicações de inseticidas em diversas delas.
Segundo a Emater/RS-Ascar, as recentes chuvas acompanhadas de ventos fortes provocaram acamamento em algumas lavouras em estágio mais avançado do ciclo. A maioria das regiões produtoras continua com a previsão de que muitos agricultores irão solicitar o seguro (Proagro). Técnicos da Instituição já realizaram o primeiro laudo de vistoria e aguardam a proximidade da colheita para realizar o segundo laudo e, assim, determinar com maior precisão o percentual de perdas na cultura.

Laticinistas retornarão a Brasília para cobrar compra governamental

Entidades do setor lácteo irão à Brasília na próxima semana para cobrar o governo federal a compra governamental de 50 milhões de toneladas de leite em pó e 400 milhões de litros de leite UHT. O Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado (Sindilat) voltou a defender a medida nesta quinta-feira, durante reunião do Grupo de Trabalho da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa que trata sobre a importação do leite em pó do Mercosul.
No encontro, a comissão validou documento que foi entregue no dia 12 de setembro ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, formalizando o pedido de compra. O mesmo documento também foi entregue nesta quinta-feira ao deputado Zé Nunes, que coordenou a reunião.
Com a presença do presidente do sindicato, Alexandre Guerra, a demanda do setor foi debatida como medida emergencial para reverter a situação de crise do setor leiteiro gaúcho. A ida da comitiva a Brasília também será uma oportunidade para reivindicar soluções para a possível triangulação de leite uruguaio.
Segundo o diretor da Farsul, Jorge Rodrigues, é fundamental que se faça uma regulação de produtos importados para atender o abastecimento nacional de forma equilibrada. "São dois pontos-chaves dessa questão: manutenção da suspensão de incentivos de importação e de estoques por via de compras governamentais". O deputado Zé Nunes reiterou a fala, alertando para a necessidade de unidade do setor produtivo. "Precisamos ter uma voz única na questão do leite neste momento."