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Economia

- Publicada em 04 de Outubro de 2017 às 22:00

Cesta básica está mais barata em 20 capitais; Porto Alegre registra queda de 2,04%

Batata e tomate lideraram os recuos nos produtos in natura no mês

Batata e tomate lideraram os recuos nos produtos in natura no mês


FREDY VIEIRA/FREDY VIEIRA/JC
Adriana Lampert
Em setembro, o valor da cesta básica caiu 2,04% em Porto Alegre, passando de R$ 445,76 em agosto para os atuais R$ 436,68. A retração do custo do conjunto de alimentos essenciais ocorreu em 20 das 21 cidades onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza pesquisa mensal. As quedas mais expressivas foram registradas nas cidades do Nordeste: Maceió (-5,22%), Fortaleza (-4,85%), João Pessoa (-4,62%), Salvador (-4,09%), São Luís (-3,97%) e Natal (-3,64%). A única alta foi anotada em Campo Grande (1,17%).
Em setembro, o valor da cesta básica caiu 2,04% em Porto Alegre, passando de R$ 445,76 em agosto para os atuais R$ 436,68. A retração do custo do conjunto de alimentos essenciais ocorreu em 20 das 21 cidades onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza pesquisa mensal. As quedas mais expressivas foram registradas nas cidades do Nordeste: Maceió (-5,22%), Fortaleza (-4,85%), João Pessoa (-4,62%), Salvador (-4,09%), São Luís (-3,97%) e Natal (-3,64%). A única alta foi anotada em Campo Grande (1,17%).
Na capital gaúcha, esta é a segunda queda consecutiva do preço da cesta básica, com influência significativa dos produtos in natura, de acordo com a economista da instituição, Daniela Sandi. Mas Porto Alegre se mantém na liderança como capital com a cesta básica mais cara, seguida de São Paulo (R$ 421,02) Florianópolis (R$ 419,17) e Rio de Janeiro (R$ 410,27).
No Rio Grande do Sul, o Dieese analisa os preços de produtos essenciais em 80 estabelecimentos (entre supermercados, padarias e açougues) dos principais bairros da Capital. No ano, a cesta gaúcha registrou recuo de 4,87% e, em 12 meses, retração de 8,59%. Em setembro, dos 13 produtos que compõem o conjunto de alimentos essenciais, nove ficaram mais baratos. As maiores quedas ocorreram entre produtos in natura, como a batata (-12,4%) e o tomate (-9,81%); e entre produtos com maior peso na cesta, como o feijão (-4,58%) e a carne (-1,04%). "Considerando que 40% do gasto mensal do trabalhador com gêneros alimentícios básicos corresponde à carne, essa queda é significativa", explica Daniela.
Também registraram redução de preço o açúcar (-3,70%), o óleo (-1,79%), o leite (-1,73%), o café (-1,10%) e o pão (-0,47%). Em sentido inverso, quatro itens ficaram mais caros: a banana (2,47%), a manteiga (1,33%), o arroz (0,74%) e a farinha (0,62%). "Com isso, o trabalhador precisou comprometer menos o seu salário, uma vez que o valor da cesta básica passou para 50,66% do salário-mínimo líquido", destaca a economista do Dieese. "Em agosto, o peso da compra dos produtos no salário foi de 51,71; e em setembro do ano passado, esse percentual foi de 59%", compara Daniela.
A jornada de trabalho necessária para adquirir os bens alimentícios básicos em setembro (102 horas e 32min) foi menor do que a registrada em agosto (104h e 40 min) e em setembro de 2016 (119h e 25 min). A economista chama atenção para o fato de que as capitais do Nordeste foram as que registraram os menores preços médios da cesta básica. "Em Salvador (R$ 318,52), Natal (R$ 323,90) e Recife (R$ 328,63), o conjunto de alimentos básicos acaba sendo mais baixo, muito provavelmente pelo fato de que, nessas regiões, a cultura da feira (onde os preços são mais acessíveis) é mais forte do que em Porto Alegre." Além disso, o consumo per capita de carne nessas cidades é menor.
A economista lembra que o preço do quilo da carne e do tomate é mais caro em Porto Alegre, o que encarece o valor da compra da cesta básica. "Apesar de ser produtora de carne, a Região Sul também é exportadora deste item, o que nos faz concorrer com o mercado internacional", observa. No caso do tomate, o frete do produto (que é distribuído a partir de São Paulo, principalmente) deve influenciar no custo final, explica Daniela.
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