A produção industrial brasileira encerrou o mês de agosto com queda de 0,8%, frente a julho, na série com ajuste sazonal, mas fechou os primeiros oito meses do ano (janeiro-agosto) com crescimento de 1,5%. A queda de julho para agosto frente ao mês imediatamente anterior interrompe quatro meses consecutivos de expansão na produção, período em que a indústria acumulou crescimento de 3,3%.
Os dados relativos à Pesquisa Industrial Mensal Produção Física - Brasil foram divulgados ontem pelo IBGE e indicam que, na série sem ajuste sazonal, confronto com igual mês do ano anterior, a indústria cresceu 4% em agosto deste ano, após taxas positivas em maio (4,5%), junho (0,9%) e julho (2,9%).
A taxa acumulada nos últimos 12 meses segue negativa e fechou agosto em -0,1%, seguindo com a redução no ritmo de queda iniciada em junho de 2016, quando o setor fechou com -9,7%.
Já uma pesquisa de agosto divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a recuperação do setor segue oscilando, embora a tendência de aquecimento apontada em julho tenha se mantido, mesmo com menos força, em decorrência da queda do faturamento.
A indústria dá sequência aos bons resultados de julho e afasta preocupações sugeridas pela última edição da pesquisa. "O índice de evolução da produção superou 50 pontos pelo segundo mês consecutivo, o que não acontecia desde outubro de 2013. O índice de evolução do número de empregados mostra que o emprego industrial está praticamente estável, e o setor não vive a expectativa de novas demissões", diz a publicação.
A massa salarial real teve aumento de 0,2%, as horas trabalhadas na produção também subiram 0,2%, o rendimento médio real foi 1,2% maior do que o de julho, e a utilização da capacidade instalada ficou 0,3 ponto percentual acima de julho.