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energia

- Publicada em 03 de Outubro de 2017 às 17:33

Ministro nega estudos para privatizar a Petrobras

Foco do governo é a Eletrobras, disse o ministro de Minas e Energia

Foco do governo é a Eletrobras, disse o ministro de Minas e Energia


/MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO/JC
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse ontem que a privatização da Petrobras está "fora de cogitação" e que esse assunto não é discutido dentro do governo. Ele não descartou que uma eventual privatização da Petrobras possa "acontecer", mas no futuro.
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse ontem que a privatização da Petrobras está "fora de cogitação" e que esse assunto não é discutido dentro do governo. Ele não descartou que uma eventual privatização da Petrobras possa "acontecer", mas no futuro.
O ministro negou que tenha admitido essa possibilidade durante o programa de TV Roda Viva, na segunda-feira, e afirmou - tanto no programa como ontem - que o foco do governo é na desestatização da Eletrobras.
"Eu não falei sobre Petrobras (no Roda Viva). Um dos convidados achava que esse debate deveria também ser feito. Eu disse que estava fora de cogitação e que estamos focados na privatização da Eletrobras", disse.
O ministro afirmou que o governo do presidente Michel Temer não vai iniciar estudos para a privatização da Petrobras e que o foco é a venda da Eletrobras. "Nesse governo, nada", disse, acrescentando: "Eu disse que estava fora do mapa, de cogitação. Poderia ocorrer até no futuro, um debate que poderia ser iniciado. Eu falei que estava fora de cogitação, porque estamos focados na privatização Eletrobras".
O diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) João Antonio de Moraes considerou uma "ideia maluca" a de que a Petrobras, em algum momento, será privatizada. De acordo com o diretor da FUP, a privatização da Petrobras foi derrotada nas últimas quatro eleições, e o protesto desta terça tem por objetivo chamar a atenção para isso. "O povo está reagindo no Rio de Janeiro, nas últimas quatro eleições o que ganhou as urnas foi não privatizar", disse ontem durante a passeata de protesto contra as privatizações no Centro do Rio de Janeiro.

Indefinição nas regras de compras atrasa 19 projetos

O gerente executivo da Petrobras, Fernando Borges, afirmou ontem que a empresa tem 19 projetos atrasados por indefinição sobre as regras de compras de bens e serviços no País. Entre eles estão três plataformas do campo gigante de Libra, uma para Sépia e outra para Búzios.
A mudança nas regras foi debatida nesta terça-feira, na ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), em audiência pública que discutiu proposta de estender para contratos assinados a partir de 2005 os índices de compras no Brasil estipulados em março.
A proposta opõe as petroleiras e os fabricantes de equipamentos submarinos para o setor de petróleo às indústrias naval, siderúrgica e de máquinas, que ameaçam ir à Justiça caso a ANP implemente as mudanças. A ideia é que todos os contratos assinados desde 2005 possam optar por percentuais menores de compras no País, sob a alegação de que o modelo vigente, que define índices para uma lista de equipamentos, cria incerteza jurídica e paralisa investimentos.
A agência já aplicou multas de R$ 600 milhões por descumprimento dos índices e recebeu 230 pedidos de isenção de seu cumprimento com alegações de preços excessivos ou falta de fornecedores nacionais.
De acordo com o IBP (instituto que reúne as petroleiras), de 23 descobertas feitas nos contratos a partir de 2005, apenas uma está sendo desenvolvida - o campo de Tartaruga Verde, da Petrobras. As outras dependem de definição sobre as regras.
O instituto calcula que são R$ 240 bilhões em investimentos parados. "Vamos permitir que o estoque de projetos existentes tenha possibilidade de desenvolvimento ou vamos deixar este estoque na gaveta?", questionou o secretário-geral da entidade, Antônio Guimarães.