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Economia

- Publicada em 01 de Outubro de 2017 às 21:41

Para preservar a JBS, irmãos Batista venderam metade do seu império

Carro-chefe do grupo, JBS vale R$ 23 bilhões na Bolsa de Valores

Carro-chefe do grupo, JBS vale R$ 23 bilhões na Bolsa de Valores


/EVARISTO SA/AFP/JC
Desde que veio a público a delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, após a divulgação das gravações envolvendo políticos como o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB), os empresários já se desfizeram de praticamente metade dos negócios para salvar seu império. As empresas vendidas até agora foram avaliadas em R$ 24,4 bilhões, enquanto o valor de mercado das companhias que ainda pertencem à família está em cerca de R$ 26,4 bilhões.
Desde que veio a público a delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, após a divulgação das gravações envolvendo políticos como o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB), os empresários já se desfizeram de praticamente metade dos negócios para salvar seu império. As empresas vendidas até agora foram avaliadas em R$ 24,4 bilhões, enquanto o valor de mercado das companhias que ainda pertencem à família está em cerca de R$ 26,4 bilhões.
Banqueiros ponderam, no entanto, que os investidores vêm subavaliando a JBS, carro-chefe do grupo, enquanto o comprador da fabricante de celulose Eldorado pode ter sido otimista demais - o negócio foi avaliado em R$ 15 bilhões.
Uma evidência disso é que as empresas já vendidas têm juntas receita líquida equivalente a 9% dos cerca de R$ 170 bilhões da JBS.
A JBS vale na Bolsa R$ 23 bilhões, mas os especialistas do setor acreditam que poderia ser muito mais se ela abrisse capital no exterior - projeto que travou após a prisão dos dois irmãos.
Desde que o escândalo estourou, a estratégia adotada pelos Batista tem sido preservar o máximo que puderem a JBS, fundada pelo seu pai em 1953, e vender todo o resto para pagar dívidas e acalmar os credores.
Os irmãos venderam também Alpargatas (R$ 3,5 bilhões), Vigor (R$ 4,3 bilhões), metade da Itambé (R$ 600 milhões) e as operações da JBS no Mercosul (R$ 1 bilhão).
Eles têm ainda o Banco Original (avaliado em R$ 2,2 bilhões), as termelétricas da Âmbar (R$ 800 milhões) e a empresa de higiene e limpeza Flora (R$ 400 milhões).
A Âmbar e as marcas da Flora estão à venda, mas não tem sido fácil encontrar um comprador. Já o banco está envolvido em operações investigadas pela Justiça.
O acordo de delação dos empresários, que garantia imunidade total após a divulgação de conversas entre eles e políticos, foi suspenso pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no início de setembro. Joesley Batista e seu irmão Wesley estão presos na carceragem da PF (Polícia Federal) em São Paulo.
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