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Cultura

- Publicada em 27 de Outubro de 2017 às 08:54

Peça no Theatro São Pedro aborda o racismo, a homofobia e o bullying

Além do que os nossos olhos registram é interpretada por Luíza Tomé, Priscila Fantin e Letícia Birkheuer

Além do que os nossos olhos registram é interpretada por Luíza Tomé, Priscila Fantin e Letícia Birkheuer


LUCIO LUNA/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
Luíza Tomé, Priscila Fantin e Letícia Birkheuer protagonizam a peça Além do que os nossos olhos registram, produção carioca que tem pré-estreia nacional neste fim de semana em Porto Alegre, no Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº). A comédia dramática apresenta a cumplicidade e os conflitos entre três mulheres da mesma família - filha, mãe e avó.
Luíza Tomé, Priscila Fantin e Letícia Birkheuer protagonizam a peça Além do que os nossos olhos registram, produção carioca que tem pré-estreia nacional neste fim de semana em Porto Alegre, no Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº). A comédia dramática apresenta a cumplicidade e os conflitos entre três mulheres da mesma família - filha, mãe e avó.
A peça tem duas sessões na capital gaúcha. A primeira montagem ocorre a partir das 21h de sábado; a segunda, às 18h de domingo. Ingressos podem ser adquiridos por valores entre R$ 20,00 e R$ 80,00 na bilheteria do local ou pelo site do Theatro.
Temas como racismo, homofobia e bullying são abordados ao longo da narrativa. O enredo apresenta Sofia (papel de Priscila Fantin), uma jovem que assume ser lésbica - o que não é bem aceito por sua mãe, Violeta (Letícia Birkheuer), a qual sempre sonhou em ver a filha casada com algum rapaz vindo de famílias importantes. A mais nova das personagens resolve então entrar em contato com a avó, Delfina (Luíza Tomé). A matriarca décadas atrás enfrentou o preconceito de seus parentes ao casar-se com um rapaz negro - e parece ter a mente mais aberta para o diálogo.
"Achei o texto tão moderno. É importante questionar família, valores, conceitos e preconceitos", afirma Luíza, que passou a conciliar sua agenda televisiva com a peça. "Diferente de novelas, nas quais você estuda um dia para gravar no outro, no teatro você fica ali ensaiando por um período longo, experimentando várias formas de falar, de sentir a emoção", compara ela, afirmando que vem se preparando há cerca de 45 dias.
O texto tem autoria de Fernando Duarte, mesmo autor de Callas e Depois do amor, ambos dirigidos por Marília Pêra. Já a direção artística do projeto ficou a cargo de Fernando Philbert, que tem no currículo trabalhos como O topo da montanha - encenado no Theatro São Pedro recentemente. "A forma como ele conduz as coisas me surpreendeu", conta Luíza. "O Philbert não se altera, faz com que você chegue aonde quer de uma maneira muito sútil", completa ela, crente que a experiência foi um aprendizado.
Ao longo da história, há alteração entre momentos de seriedade e leveza. E as próprias personalidades das protagonistas são bem diferentes: Delfina, por exemplo, é agitada e independente, com uma agenda cheia de afazeres. Ela é uma avó moderna que, desde jovem, luta pelos direitos das minorias. Violeta, por sua vez, vive um casamento de fachada, valoriza a praticidade e, em algumas ocasiões, encara com cinismo o que está a seu redor. Já a mais nova das personagens tem um olhar aguçado e provocador para o mundo feminino à sua volta. De relação conflituosa com a mãe, a personagem passa a intensificar seus laços com a vó.
Além do que os nossos olhos registram tem apenas as três artistas no elenco. Se em Hollywood, nos últimos anos, tem se defendido a maior participação de mulheres em produções, Luíza Tomé afirma que no Brasil há papéis interessantes para atrizes de todas as idades. "Temos uma crise no País, aí é outro assunto, mas está atrapalhando o mercado de trabalho do ator, do bancário... O que está faltando é mais investimento na área de teatro, cinema, o que vai gerar ainda mais personagens."
Atualmente, além da peça, a atriz tem compromissos relacionados à novela Apocalipse, próxima atração da Record. Já os planos futuros envolvem um período de descanso - "Sempre depois de trabalhar um pouco eu me dedico a meus filhos. Tento dividir meu tempo", destaca.
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