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Cultura

- Publicada em 17 de Outubro de 2017 às 09:17

Projeto Freud e os escritores completa sete anos com novo espetáculo

Espetáculo Ouse: Freud e Lou Andreas-Salomé será encenado no Theatro São Pedro na quarta-feira

Espetáculo Ouse: Freud e Lou Andreas-Salomé será encenado no Theatro São Pedro na quarta-feira


MARCELO LIOTTI/DIVULGAÇÃO/JC
Luiza Fritzen
O pai da Psicanálise, Sigmund Freud, e escritores consagrados discutem a condição humana no projeto Freud e os escritores. Para comemorar os sete anos de apresentações, o espetáculo Ouse: Freud e Lou Andreas-Salomé será encenado no palco do Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº) amanhã, a partir das 21h. Os ingressos custam entre R$ 20,00 e R$ 40,00, podem ser adquiridos pelo site ou na bilheteria do teatro.
O pai da Psicanálise, Sigmund Freud, e escritores consagrados discutem a condição humana no projeto Freud e os escritores. Para comemorar os sete anos de apresentações, o espetáculo Ouse: Freud e Lou Andreas-Salomé será encenado no palco do Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº) amanhã, a partir das 21h. Os ingressos custam entre R$ 20,00 e R$ 40,00, podem ser adquiridos pelo site ou na bilheteria do teatro.
Em 2010, a psicanalista Lenira Fleck e a artista visual Liana Timm decidiram unir seus conhecimentos sobre arte e psicanálise e promover um debate sobre os conceitos freudianos. "A ideia foi realmente transformar o pensamento de Freud em alguma coisa digestiva, que as pessoas pudessem entender e se aproveitar dessas ideias", explica Liana.
Com essa proposta, o espetáculo usa uma linguagem coloquial por meio do diálogo entre Freud e sua filha, Anna Freud. O cenário traz projeções virtuais de obras criadas por Liana especialmente para o projeto. O formato do espetáculo nasceu a seis mãos, com Graça Nunes assumindo a direção e, posteriormente, Carlota Albuquerque na direção de movimento. O coletivo se completa com a intérprete Janaina Pelizzon.
Liana conta que a iniciativa teve início timidamente, com apresentações no Memorial do Ministério Público, passando pela Livraria Cultura e chegando ao Foyer do Theatro São Pedro. "A demanda do público contribuiu para o crescimento do espetáculo" - o que o levou ao palco principal de um dos teatros mais nobres da cidade.
O projeto busca ampliar o debate sobre as relações da psicanálise com outras áreas do conhecimento. Para isso, são trazidos como convidados escritores, filósofos, sociólogos e artistas que tiveram um diálogo real com Freud ou foram leituras de cabeceira do psicanalista. Dos 19 textos assinados por Lenira e Liana para o espetáculo, já foram encenados trabalhos de Agatha Christie, Goethe, Anaïs Nin, Simone de Beauvoir, Friedrich Nietzsche, Jung, Hilda Doolittle e Arthur Schopenhauer, entre outros.
Desta vez, o encontro se dá entre o analista que registrava sonhos como um escritor e a poeta russa que sonhava ser psicanalista, Lou Andreas-Salomé. A conversa é mediada por Anna Freud, filha do criador da psicanálise. Lou foi analista de Anna e, entre lembranças e discussões teóricas, desenrolam-se alguns momentos marcantes da vida destes personagens que, questionam e promovem reflexões sobre a essência do que nos constitui humanos.
Segundo Liana, a escolha por Lou Andréas-Salomé para comemorar os sete anos do espetáculo se deu pela autora ser uma mulher à frente de seu tempo e ser uma oportunidade de "reavivar a obra dela e fazer com que as pessoas se interessem em consumir essa escritora russa". A relação entre Freud e Lou se iniciou tardiamente, mas foi marcada pela intensidade. Apesar das cisões ocorridas dentro do movimento psicanalítico, a amizade acalentou os últimos anos de sofrimento de Freud e Lou, em função do câncer que ambos enfrentaram até o final de suas vidas.
Embora a peça não fale sobre patologias em específico, Liana explica que o projeto não faz uma defesa da linha psicanalítica, tampouco substitui algum tipo de terapia ou tratamento, mas abre perspectivas e novas visões sobre o mundo. "Estamos trabalhando com saúde mental, estamos colocando questões e preocupações que todos nós lidamos diariamente como a condição do homem e da mulher na sociedade, o nosso sentido critico de mundo e nossa noção de consciência."
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